Quarta Parede

Menu

  • Sobre o 4ª Parede
  • Quem Faz?
  • Fale Conosco

Seções

  • INÍCIO
  • Dossiês
    • Atual
    • Anteriores
  • Podcasts
  • Entrevistas
  • Videocasts
  • Críticas
  • Como Colaborar
  • Expediente
  • Sobre o 4ª Parede
  • Quem Faz?
  • Fale Conosco

logo

Quarta Parede

  • INÍCIO
  • Dossiês
    • Atual
    • Anteriores
  • Podcasts
  • Entrevistas
  • Videocasts
  • Críticas
  • Como Colaborar
  • Expediente
  • Crítica – Breaking/PE | Vestígios históricos H2, PE

  • Crítica – vaga-lumes | Carta para a pintora da dança Dani Guimarães

  • Crítica – Bokeh | A luz invisível que nos atravessa

  • Crítica – Inverso Concreto | Conexão coletiva e arquitetura desconstrutiva

  • Crítica – A Engrenagem que Nos Move | Deixa eu te contar a história da engrenagem que ganhou VIDA!

.TudoCríticas
Home›.Tudo›Crítica – Dorinha, Meu Amor | Uma boa opção de entretenimento

Crítica – Dorinha, Meu Amor | Uma boa opção de entretenimento

Por 4 Parede
19 de setembro de 2017
4373
0
COMPARTILHE ESSE CONTEÚDO

Imagem – Foto: Maria Nilo/Folha de Pernambuco

Por Bruno Siqueira

Doutor em Letras (UFPE) e Professor da Licenciatura em Teatro (UFPE)

O diretor

Lembro que Mamãe não pode saber, de João Falcão, apresentado no extinto Teatro José Carlos Cavalcante Borges, Recife, em 1993, foi das minhas primeiras experiências teatrais como espectador de teatro adulto. Saí da peça excitadíssimo e querendo ver mais trabalhos do diretor. O ritmo ágil, o viés metateatral e o grande e divertido jogo entre os atores expressavam um estilo pop e cult que cativava a plateia sempre lotada do teatro.

Não falo das peças anteriores, pois não cheguei a vê-las. De Flicts, a Cor (1981), Muito pelo Contrário (1981), No Natal a Gente Vem Te Buscar (1983), O Pequenino Grão de Areia (1983), A Ver Estrelas (1985), Woody Grude (1987), todas por ele dirigidas, tive acesso apenas às imagens e aos relatos de atores que participaram da produção. Não conheço João Falcão pessoalmente, mas, pelos depoimentos dos que com ele já trabalharam, vê-se se tratar de um artista não somente talentoso, mas gente fina, tranquilo no seu modo de trabalhar.

Assisti ao seu Burguês Ridículo (1996), dirigido em parceria com Guel Arraes; à Dona da História (1998); à Máquina (2000); ao Gonzagão – A Lenda (2012); à Ópera do Malandro (2014). E tenho também acompanhado suas produções para a televisão e para o cinema, seja na direção, seja na escrita de roteiro. Em todos esses trabalhos, em que o teatral e o televisivo mantêm uma relação sempre dialógica, João Falcão tem oferecido cultura de entretenimento, feita com fina nata de humor e inteligência.

Nos últimos tempos, a atenção do artista tem se voltado para direção de shows. Dorinha, Meu Amor estreou no feriado do dia 7/9 deste ano, no Teatro Arraial, Recife.

A estética de Dorinha

Antes de mais nada, trata-se de um show, com interpretação da atriz e cantora pernambucana, Isadora Melo. Para a criação da cena e de sua dramaturgia, João Falcão tomou como referência o teatro de cabaré e o teatro de revista. Ambos de raiz europeia, tiveram expressiva participação na história do teatro feito no Brasil, sobretudo, o segundo gênero.

O teatro de revista, no Brasil, teve seu momento áureo do final do século XIX a meados do século XX. Misto de prosa e verso, música e dança, esse teatro trabalha com a proposta de fazer uma revisão (passar em revista) dos principais fatos ocorridos no país ao longo do ano. Com inúmeros quadros, a revista se valia da sátira, da paródia, da caricatura jocosa, para criticar os acontecimentos sociais e políticos, oferecendo ao público uma alegre diversão. Fronteiriço da revista, o teatro de cabaré, por sua vez, costumava acontecer num pequeno palco, adaptado a um cabaré (ou a qualquer bar ou café). No Brasil, o teatro de cabaré só veio a ocorrer de fato nos anos de 1970 e de 1980. O Vivencial Diversiones, em Recife, dentre suas inúmeras referências, dialogava com o gênero; mas foi o grupo Ornitorrinco que melhor o representou, quando de sua montagem Teatro do Ornitorrinco canta Brecht & Weill e Mahagony Songspiel, em 1982, conforme crítica especializada.

Em Dorinha, meu amor, o tema que perpassa todas as canções é o amor. Foram selecionadas músicas do cancioneiro popular, da MPB ao brega. Na dramaturgia, a personagem Dorinha, representada pela própria Isadora Melo, alinhavava uma canção a outra falando de sentimentos e deixando fluir seu estado anímico de sujeito apaixonado, valendo-se do humor, em lugar da entrega passional à coita amorosa. O figurino, a dramaturgia da luz, a criação de quadros dramático-musicais e o distanciamento épico na costura desses mesmos quadros são alguns dos elementos do show que nos fazem remeter à estética do teatro de cabaré e do teatro de revista. Ao contrário desses gêneros, porém, que tendem a ser mais populares, a cena de João Falcão é clean e quase feérica.

No show, também estão presentes Juliano Holanda, na guitarra, e Rafael Marques, no bandolim. Além desses, faz parte do projeto que, ao longo das oito apresentações correspondentes à temporada no Teatro Arraial, haverá um convidado para fazer uma participação especial. Jr. Black fez, na estreia, uma participação belíssima, dialogando e cantando com Isadora Melo.

O espetáculo não é pretensioso. Propõe-se a ser um entretenimento e, como tal, alcança seu objetivo. Saímos do teatro com o espírito afagado.

A arte de Isadora Melo

A atriz e cantora era a mim desconhecida. Dela só tinha conhecimento de que já participou de algumas poucas produções de João Falcão. Fui ao teatro para conhecer e apreciar seu talento anunciado.

Não é muito comum encontrarmos artistas que saibam conciliar bem performance teatral e canto. Isadora Melo mostrou que tem voz afinada, numa interpretação absolutamente suave e delicada. Sua tranquilidade no palco somada a uma limpeza dos movimentos vocais embalaram o público na noite de estreia, criando uma atmosfera de intimidade e de afetividade. Não foram raros os momentos em que a plateia acompanhava em coro a música que estava sendo cantada. Quanto ao trabalho de atriz, tive a impressão de que seus movimentos corporais foram um pouco tolhidos, aqui e acolá, em prol de uma boa performance vocal.

Descontado o fato de ter assistido ao espetáculo em noite de estreia, pude perceber o florescer de uma atriz/cantora com domínio de voz e de espaço, estilo próprio e potência latente na fina camada de suavidade.

TagsCríticaDorinha Meu AmorIsadora MeloJoão Falcão
Post Anterior

#01 Cena e Censura | O que ...

Próximo Post

#02 Arte Para Tod_s? | Podcast 13 ...

Posts Relacionados Mais do autor

  • .TudoCríticas

    Filipe & Marcelo – ‘Até que a vida nos aproxime do que nosso corpo pode’ | Casamento, performatividade e agência

    6 de outubro de 2017
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    “…Eu tenho a visão” – Sobre Olhos de Café Quente…

    2 de maio de 2015
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    Crítica – Desencaixe | Corpo político, Corpo estético

    12 de novembro de 2019
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    Viúva, Porém Honesta – Uma “commedia da fare”

    23 de abril de 2015
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    Crítica – O Açougueiro | Carne, amor e preconceito

    31 de outubro de 2016
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    Crítica – Amortiçada | Silêncio Mordaz

    3 de dezembro de 2019
    Por 4 Parede

  • .TudoCríticas

    Nossos Sertões de Espinho e Flor

  • .TudoEm Cartaz

    Livro “Frevo: Para Aprender e Ensinar” é lançado no Paço do Frevo

  • .TudoEm Cartaz

    Espetáculo “Show de Horrores da Baby Jane” estréia em Caruaru no FEINT

ÚLTIMOS PODS

INSTAGRAM

Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
Siga no Instagram

Receba feeds quentinhos

Cadastre seu e-mail e receba as novidades em primeiro lugar

Quarta Parede - Palco & Plateia. Unidos! Direitos Reservados. Desenvolvido pela Atuante Agência Digital. V1.1