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Entrevista – Hilton Cobra | Um delírio que alimenta

Por 4 Parede
24 de março de 2019
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Imagem – Divulgação

Criado especialmente para comemorar seus 40 anos de carreira do ator Hilton Cobra, o espetáculo Traga-me a Cabeça de Lima Barreto (acesse a crítica AQUI), com texto de Luiz Marfuz e direção de Fernanda Júlia, esteve nos dias 17 e 18 de fevereiro no Recife. Nessa entrevista, o ator conversa com nossos colaboradores Bruno Siqueira e Lorenna Rocha, que acompanharam as atividades que compuseram a passagem do artista pela cidade.

A vinda de Hilton Cobra para Recife contou com a realização de uma roda de diálogo no Centro de Artes e Comunicação (CAC – UFPE) sobre o Teatro Negro no Brasil, o Encontro de Artistas e Produtores Negros(as) no Espaço O Poste Soluções Luminosas com a mediação de Agri Melo, Naná Sodré e Samuel Santos.

Hilton Cobra é ator, iluminador, gestor e membro fundador da Companhia dos Comuns, desde 2001, criada com o objetivo de dar maior visibilidade às culturas negras e ampliar a presença de artistas negros no teatro brasileiro contemporâneo. Foi presidente da Fundação Cultural Palmares (2013-2014) e co-coordenador do Fórum Nacional de Performance Negra (2005, 2006, 2009 e 2015).

Nas apresentações do espetáculo, você estava visivelmente emocionado e agradecido. Para você, como foi ter uma plateia ocupada, majoritariamente, por estudantes universitários negros?

Esta é a pergunta mais fácil. Eu fiz esse espetáculo no ano passado e a última vez em que o apresentei foi em dezembro. Desde então, não o havia apresentado ou ensaiado de forma contínua. Eu havia ensaiado durante esta semana e me deparei com o Barreto Júnior, um dos melhores palcos em que eu já subi com o Lima Barreto.

Chegar em Recife como o primeiro espetáculo dessa turnê que foi muito importante. Primeiro, a gente queria fazer em Recife. Eu sei que Recife tem uma força, uma energia, que seria muito interessante para essa retomada, e o Barreto foi a oportunidade de encontrar o público pernambucano, dar início a essa temporada-turnê de 2019 e, também, vamos dizer assim, “reatualizar” o espetáculo. Eu acho que foi um espetáculo, sim, muito bom, muito forte dentro do Barreto Júnior. Fiquei feliz e satisfeito com a apresentação. Sei que o espetáculo tocou, de fato, todo aquele público que lá estava.

Lá, no Teatro Milton Bacarelli, aconteceu uma coisa muito interessante. Primeiro, eu estava bem cansado. E o cansaço às vezes favorece as interpretações, a atuação, via Grotowski. Quando eu tô muito cansado, eu fico quase à flor da pele, de forma emocionada, de fato. Eu já estava mais extenuado, e a equipe também, por conta do trabalho anterior no Barreto.

A montagem lá na Universidade foi, digamos assim, mais tranquila. Agora, mais importante: o ambiente dentro da Universidade me deixou completamente à vontade, querendo fazer muito, embora estivesse exausto. Aquela conversa que fizemos anteriormente, à tarde, com os estudantes, foi um reaquecimento, um aquecimento, de fato, para que eu pudesse entrar em cena ali às 19h.

Quando eu entrei em cena e vi aquele teatro lotado… eu pude realmente perceber – eu vejo tudo e todo mundo – e eu disse: “Algo hoje vai acontecer diferente. O espetáculo vai seguir normalmente, mas algo vai acontecer diferente”. E tem mais: esse espetáculo foi concebido para espaços pequenos. Esse espetáculo é nada mais, nada menos do que uma conversa. Essa conversa, às vezes, num teatro grande, não se estabelece de forma suprema. Mas em um espaço menor, ela se estabelece.

As vozes e as técnicas têm que baixar um pouco mais e você realmente começa a bater papo. No Milton Baccarelli teve. Ali houve aquela troca de que a gente fala, aquela que o teatro realmente estabelece: é quando tem faísca. Faísca é: eu recebo do espectador, o espectador recebe de mim. É ai que se estabelece o teatro. Foi isso que aconteceu ontem lá.

Então, eu estava inteiro, emocionado e muito à vontade. E muito cansado. Tudo isso favoreceu. E a receptividade. Aquele público que estava lá ontem – não quero dizer que estava tão diferente de lá do Barreto Júnior – mas aquele público que estava ontem no teatro, lotado de estudantes, no primeiro dia de aula da Universidade… tudo estava favorecendo para que a gente estabelecesse aquela comunicação.

As imagens que você traz no espetáculo parecem formas de lutar contra os referenciais hegemônicos e convocar a comunidade negra a se organizar e conhecer sua própria história. Como esse desejo de se conectar com as raízes africanas deságua na sua arte?

Eu acho que a gente não pode se afastar dessas raízes seculares, milenares. Nós, que somos africanos diaspóricos, temos que sempre buscar essa raiz. Para darmos respostas também ou para ficarmos mais fortalecidos no enfrentamento ao racismo em um país como o Brasil ou como os Estados Unidos. Então, nós temos que ser amparados por essas coisas, por essa ancestralidade.

Eu acho que Lima Barreto, por exemplo, sofreu muito em vida. Produziu muito, demais. Foi bastante injustiçado. E eu, encarnado em Lima, digo: “aqui está, leia minha obra, pensem nisso, eu retorno para o outro lado do Atlântico para reencontrar os meus ancestrais, ali alinhados no seu doce e sofregante esconderijo das almas”. Isto é de uma beleza… Isto é absolutamente bakular.

Como eu disse, Bakulo são aquelas figuras que vieram à Terra, e depois foram embora, mas fizeram algo significativo… e foram embora. Então, viraram Bakulos. Eu acho que você tem sempre que buscar essas referências ancestrais, de fato. Eu acho que é uma forma de você restabelecer suas forças para hoje lutar contra o racismo estruturado e institucionalizado, por esta suposta ciência eugenista que se implantou no Brasil no final do século XIX e início do século XX, capitaneada por crápulas como Nina Rodrigues, Monteiro Lobato, Renato Kehl e tantos outros.

Situado entre os séculos XIX e XX, o espetáculo provoca reflexões sobre teorias científicas que legitimaram o racismo da época. Como você percebe os mecanismos que sustentam o racismo no Brasil hoje?

Eu acho que o melhor exemplo que eu posso dar é o estabelecimento desse governo de ultradireita que nós temos hoje. Isso está mais do que alicerçado por essa suposta ciência eugenista de purificação de raça. Olha só como eles estão lutando contra nossas questões ideológicas, dentro da escola, da arte, da cultura.

Eles vão ceifando todas essas coisas que há pouco tempo conquistamos. Conquistamos algo e esses caras estão tirando. Eles estão ancorados nesse processo eugenista, não temos dúvida disso, no qual as instituições ainda estão ancoradas: racistas e estruturadas pela eugenia.

Então, por exemplo, você só tem o Bolsonaro hoje porque buscaram, de fato, esses princípios eugenistas. E o que vai fortalecer esse governo é justamente a luta contra a perseguição que eles vêm fazendo às nossas ideologias – ideologias estas que vêm de todas as matrizes africanas, afro-brasileiras, indigenistas, culturalmente falando.

Quando nós criamos o espetáculo Traga-me a cabeça de Lima Barreto!, não existia ainda Bolsonaro, não existia essa ultradireita com perigo de tomar o poder no Brasil. E então, por exemplo, nosso espetáculo, diante dessa terrível realidade, vai se tornando cada vez mais atual.

E, sendo atual, fica mais fácil poder contribuir, através do nosso ofício, do fazer teatral, para transformar esse universo opaco que transtorna o povo brasileiro. E é isso que é profundo na arte. Lembremos do que disso Glauber: “Somente a arte é livre e portanto capaz de transformar qualquer coisa”. Talvez seja um delírio, mas o delírio também alimenta. Eu acredito nisso.

Um tema que perpassa a vida e a obra de Lima Barreto é a loucura, assim como as pesquisa de Frantz Fanon, psiquiatra e militante martinicano se debruçou sobre vítimas de racismo. Como este tema atravessou as pesquisas para o espetáculo?

Quando nós decidimos trabalhar com Traga-me a cabeça de Lima Barreto!, trabalhar o Lima Barreto, a gente não sabia que queria trabalhar com eugenia. Era Lima, mas não sabíamos o que era. Não sabíamos que haveria uma autópsia da cabeça dele. Isso é bom não saber.

Eu fiz Silêncio, que é trabalho com a loucura; eu fiz Quaresma (Triste Fim de Policarpo Quaresma), em que tem uma certa coisa alucinada na cabeça daquele homem; e eu vim fazer agora o Traga-me, onde nós entramos na questão da loucura – a loucura em que Lima delirava, enlouquecia etc. E eu quero continuar o trabalho de Teatro trabalhando com o tema “loucura”. O Fanon vem daí.

E, daí para frente, eu não sei nada do que vai acontecer. Sei que eu tenho que mergulhar na obra de Fanon e ainda perceber se é possível, realmente, cruzar Fanon com a loucura, mas eu sei que sim, que dá para fazer. Mas aí também o tempo exige um campo político para isto, um espaço político para trabalhar a loucura, e exige pensar como trazer Fanon para os dias de hoje.

O que eu viesse a falar daqui para frente seria delírio, eu iria mentir. Há essa demanda bacana que é o “quero fazer”. Quando começarmos a fazer e a focar, irão surgir as ideias. Uma coisa é certa: eu quero continuar trabalhando com a loucura. Fanon agora, depois, buscar outro ou outra… Mas eu quero trabalhar com o universo da loucura.

TagsEntrevistaHilton CobraTraga-me a cabeça de Lima Barreto!
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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