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Viúva, Porém Honesta – Uma “commedia da fare”

Por 4 Parede
23 de abril de 2015
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por Igor de Almeida Silva

 

Etimologicamente, a palavra farsa significa “o alimento temperado que serve para rechear uma carne” (PAVIS, 1999, p. 164), apontando para a presença de um corpo estranho que torna o alimento mais picante e saboroso. Nesse sentido, não se pode vincular à farsa o bom gosto ou o comedimento. Sua comicidade é grotesca e licenciosa, para não dizer grosseira, ligada ao corpo e ao cotidiano. Nela, reina uma poderosa teatralidade extraída do virtuosismo corporal do ator.

Segundo Eric Bentley, a estrutura fundamental da farsa resume-se na tríade do marido, da esposa e do amante. Sem ela, não há como o gênero ocorrer. Isso porque “Os atentados à devoção familiar estão, certamente, no âmago da farsa” (1981, p. 208). Em Viúva, porém honesta, Nelson Rodrigues mata o marido antes do início da farsa propriamente dita e transforma prematuramente a esposa em viúva. Em suma, ele não apenas mata o marido, como também assassina o próprio gênero que lhe dá suporte. Talvez, por isso o subtítulo de farsa irresponsável. Porque é a irresponsabilidade que lhe leva ao assassínio. Fato que também distingue sua peça de uma farsa tradicional, sendo ela, portanto, um gênero à parte da sua matriz literária. Poder-se-ia dizer que sua farsa irresponsável é um aparte da farsa tradicional. Com Viúva, Nelson nos apresenta a própria impossibilidade da farsa enquanto gênero. E este conflito de ordem formal, no interior da estrutura da obra, torna-se tema central de sua peça.

A trama de Viúva, porém honesta é bastante insólita: um pai (Dr. J. B.) contrata os serviços de três especialistas (um otorrino, um psicanalista e uma cafetina) para curar a súbita honradez e pudor de sua filha, que a impede de sentar. É preciso que a viúva sente-se novamente e, por extensão, volte a ter amantes. Mas para trair deve-se antes ter marido. O conflito não reside, portanto, no personagem, em seu pudor enlutado; porém no próprio gênero, pois o marido, a esposa e o amante lhe são essenciais. Não há como a farsa prosseguir sem essa equação e é justamente esse conflito que Nelson põe em cena. Não o dos personagens, ou o da ação dramática, mas o do próprio gênero. Tanto é que a peça praticamente não progride; pelo contrário, ela regride, sendo em sua quase totalidade um grande flashback, situada sempre no passado, nos fatos que levam a trama a sua situação atual, semelhante a um romance policial que, inclusive, não é tão distante da estruturação de Édipo rei, também fincado em eventos anteriores, sempre em busca da verdade.

Nesse sentido, para que a farsa enquanto gênero cômico possa prosseguir, é necessária a intervenção do Diabo da Fonseca, o belzebu. Atuando como um deus ex machina, ele resgata do Inferno Dorothy Dalton. E sua viúva torna-se novamente esposa para poder voltar a traí-lo. A farsa está salva. Em outras palavras: em Viúva, porém honesta, a farsa se inicia quando a peça ou o espetáculo terminam. Antes de tratar da moral e dos bons costumes, do pecado e da sordidez, Nelson aborda em sua peça a forma teatral de um gênero cômico e também do próprio teatro. Viúva, porém honesta é obra eminentemente metalinguística, para não dizer metateatral. Como paródia, sua metateatralidade manifesta-se na dramatização da impossibilidade do gênero colocada por Nelson. A verdadeira expectativa não é saber se Ivonete voltará a sentar, mas se a farsa poderá se realizar. A construção de uma fábula e seus personagens é elemento menor em Viúva; sua ênfase está no próprio jogo teatral, em sua performance cênica. Ou seja, em como fazer e não o que fazer.

Esse parece ser o leitmotiv que conduz a montagem de Viúva, porém honesta, pelo grupo pernambucano Magiluth. O espetáculo é calcado nos princípios do jogo, que permitem uma atuação ao mesmo tempo lúdica e frenética. A teatralidade do espaço cênico é extraída de seu despojamento e aparente desordem, evidenciando aos olhos do público os bastidores do palco, assim como os demais adereços e elementos de cena que são utilizados no decorrer da representação. A cenografia organiza-se basicamente na disposição de cadeiras que delimitam no palco a área de jogo. Por meio da performance dos atores, o espectador é levado a distintos tempos e espaços. A partir de uma enunciação, de uma passagem sonora, de uma mudança de luz, ou mesmo de um pulinho para frente ou para trás (literalmente), leva-se o público, por exemplo, para a primeira consulta de Ivonete com o Dr. Lambreta, ou para o dia do casamento da viúva com Dorothy Dalton.

É esse mesmo jogo que permite aos atores uma constante troca de papéis, na qual todos representam cada um dos personagens da trama. Aqui, o prazer do espectador não está apenas na fábula non sens que é contada, mas na maneira como ela é mostrada ou narrada, no modo como ela é feita. De acordo com Denis Guénoun, o trabalho do ator contemporâneo “não é mais determinado pelo imaginário dos personagens. Ele roça, chama-os ou os ignora, depende: mas não lhes obedece mais” (2004, p. 131). A questão não é viver o papel, mas mostrar que está representando e, sobretudo, jogar com os personagens. Dessa forma, o jogo dos atores do Magiluth não se baseia na identificação, em uma ilusão dramática, mas em uma dissociação na qual o personagem se transforma e se condensa em um gesto sintético e um objeto específico – chapéu e boá para Madame Cri-Cri, barriga falsa para o Dr. Sanatório, óculos e cachimbo para Dr. Lupicínio, entre outros – que os identifica para o público e com o qual se joga, “arremessando-os” de um ator a outro, como uma peteca ou uma bola que não pode cair no chão. Um exemplo particularmente instigante encontra-se quase ao final do espetáculo, quando há mais personagens em cena do que atores, obrigando alguns membros do grupo a se desdobrar em mais de um personagem ao mesmo tempo (como o faz Giordano Castro), ou a se deslocar de um ponto a outro do palco para não deixar um personagem “cair” (tal qual faz Mário Sérgio Cabral quando se lança de um extremo do palco a outro para pôr o chapéu de Madame Cri-Cri e dizer sua “deixa”).

Essa dinâmica de atuação (bastante próxima do esporte) impõe à cena um ímpeto vertiginoso do qual não se pode parar um único instante. As cenas são construídas, interrompidas, e refeitas quase que simultaneamente. A cena é deliberadamente caótica: enquanto dois ou três atores atuam, os demais correm de um lado para o outro preparando a cena seguinte e, por vezes, interrompendo ou atrapalhando os primeiros. O espetáculo caminha sempre no seu grau máximo de intensidade e ritmo (para não dizer excitação) em que a atenção da plateia é tragada em um duplo estado de tensão e hipnose, do qual não se pode escapar, nem mesmo piscar os olhos. Esse estado de atenção e tensão ao limite provoca, entretanto, certo esgotamento do meio para o final da montagem. Há uma sensação quase física de fadiga como se ao espectador também se requeresse um dispêndio de energia semelhante ao dos atores no palco.

Escondido nas coxias do pequeno Teatro Arraial, o encenador Pedro Vilela opera a luz e o som, quase imperceptível. No entanto, em vários momentos, ele irrompe no palco para reclamar ou corrigir determinada cena ou atitude “irresponsável” de um ator que atrapalha ou prolonga em demasia o espetáculo. Tal como um meneur de jeu do teatro medieval (de onde a farsa enquanto gênero teatral surge), Vilela narra e conduz o espetáculo, tornando-se ele mesmo parte da representação, como um novo personagem que invade a cena. Pirandellianamente, Vilela introduz no texto de Nelson Rodrigues a figura do encenador, desfocando mais uma vez a atenção de espectador para o como em lugar do que é representado. Enfatiza, portanto, a metateatralidade da dramaturgia ao direcionar nosso olhar para a relação entre o diretor e os atores e destes para com a representação e, por extensão, com o público. Mais do que o sentido do texto teatral, é a realidade do palco que Vilela coloca em primeiro plano, introduzindo o procedimento da peça dentro da peça. Ou melhor, ele e seus atores transformam Viúva, porém honesta em uma commedia da fare (“peça por fazer”), gênero metateatral herdeiro da tradição italiana da commedia dell’arte, que tem na modernidade Luigi Pirandello como seu principal representante, especialmente em sua trilogia do teatro dentro do teatro, composta por Seis personagens à procura de um autor, Cada um a seu modo e Esta noite se improvisa. Na “comédia por fazer”, expõe-se o processo de criação de um espetáculo que, entretanto, permanece inconcluso. Isso justifica, por exemplo, as sucessivas interrupções dos atores, alegando dificuldades para representar naquele dia. A representação nunca pode se efetivar a contento. Ela é sempre um ensaio, uma tentativa.

A encenação revela-se justamente em sua desmedida, em sua alegria carnavalizante, que não oferece uma visão unívoca da obra de Nelson. Pelo contrário, ela joga com as diversas possibilidades do texto, a partir da atuação desabusada dos atores. O Magiluth ensaia todos dos recursos da farsa no palco, como se almejasse também desafiar os seus limites, assim como o faz Nelson Rodrigues. Pode-se pensar todo o espetáculo por meio da hipérbole e da literalidade. Se os atores falam batata, eles de fato arremessam batatas para o alto ou comem chips. Se no texto se diz que o nome do novo crítico teatral – Dorothy Dalton – é de um filme de cinema mudo, a apresentação do personagem se dá em uma cena muda – ou pantomima –, dublada por outros atores. Nada é descartado ou desperdiçado. Tudo é suporte para o jogo.

Viúva, porém honesta é um espetáculo brilhante. Provavelmente, o melhor trabalho realizado pelo grupo Magiluth. Figura entre as montagens mais emblemáticas de Nelson Rodrigues em Pernambuco, a exemplo de Vestido de noiva, pelo Teatro de Amadores de Pernambuco e pelo Curso de Formação do Ator da UFPE, respectivamente dirigidas por Flamínio Bollini Cerri, em 1955, e por João Denys Araújo Leite, em 1988, e também de Senhora dos afogados, pela Companhia Teatro de Seraphim, com direção de Antonio Cadengue, em 1993.

 

REFERÊNCIAS

 

BENTLEY, Eric. A experiência viva do teatro. Apresentação Paulo Francis. Trad. Álvaro Cabral. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.

 

GUÉNOUN, Denis. O teatro é necessário? Trad. Fátima Saadi. São Paulo: Perspectiva, 2004.

 

PAVIS, Patrice. Dicionário de teatro. Trad. sob a direção de Maria Lúcia Pereira e Jacó Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 1999.

TagsCríticaTeatroTemporadaViúva Porém Honesta
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A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

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A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

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#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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