“Vivemos em um Brasil travestido de igualdade” | Entrevista – As Travestidas
Imagens – Divulgação
Um jovem se suicida por não suportar mais um mundo de preconceito e discriminação, crianças que brincam sem medo do desejo, pessoas sem classe social, uma mãe que perde o filho por causa de uma sociedade cruel, seres da noite, vampiras, lobisomens, centauros urbanos, bixas, viados.
Essa é a sinopse de Quem Tem Medo de Travesti?, espetáculo da companhia As Travestidas (CE), que propõe um olhar epidérmico-sensível-agressivo sobre questões que rondam o universo trans. Em entrevista ao nosso editor-chefe, Márcio Andrade, um dos responsáveis pela companhia, Silvero Pereira, comenta sobre o processo criativo.
Confira a entrevista de Silvero Pereira ao Quarta Parede em 2015, sobre o espetáculo BR-TRANS, AQUI.
Como foi o trajeto de sair de um projeto solo como BR-Trans para o processo coletivo e colaborativa de Quem tem medo de travesti??
A representação das travestis midiaticamente reverbera mais em figurinos e maquiagem exuberantes, mas, na montagem, vocês enfatizam mais os tons de pele dos atores. Como esse desnudamento foi sendo construído?
Em QTMT nossa preocupação parte em, principalmente, desmistificar essa imagem comum da travesti. Queremos trazer a discussão do gênero feminino para além do estereótipo, da construção da maquiagem e vestimenta. Um corpo para além das convenções do vestir e comportar-se.