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Crítica – Quem tem medo de travesti?

Por 4 Parede
10 de maio de 2016
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Imagens – Divulgação

Por Rodrigo Carvalho Marques Dourado

Doutor em Artes Cênicas (UFBA) e Professor da Licenciatura em Teatro (UFPE)

TIMELINE TEATRAL

A linha do tempo do Facebook é, sem dúvida, a grande forma narrativa dos nossos tempos. Uma profusão de imagens, sons, notícias, propaganda, comentários, piadas, testemunhos, denúncias, em fluxo permanente, aos quais tentamos atribuir algum sentido. Para a militância LGBT, a Internet e o Facebook são importantes instrumentos de debate e enfrentamento. São canais de delação das barbaridades perpetradas à comunidade diariamente. São meios de humanizar os sujeitos por trás das bandeiras, de compartilhar histórias, reivindicar direitos.

Quem tem medo de travesti? (QTMT), peça de caráter documental fruto de pesquisa do Coletivo Cearense As Travestidas, parece capturar essa forma narrativa contemporânea, a das redes sociais. O espetáculo leva para a cena grande parte do turbilhão em que está mergulhada a comunidade sexo-diversa brasileira hoje, espelhando muito da maneira como corremos nossos olhos e corações pela linha do tempo do Facebook diariamente.

Por isso mesmo, a montagem se inicia com o áudio de alguém que se despede de um amigo suicida. Certamente, um áudio tornado público nas redes, assim como tantas mensagens de despedida de jovens LGBTs que tiraram a própria vida, ou como os inúmeros desabafos sobre violência e crimes de ódio contra gays, lésbicas, trans postados e compartilhados com frequência.

REDE DE CONFISSÕES

Se Foucault tinha razão ao dizer que nas sociedades modernas o sexo não era reprimido, mas, ao contrário, era excitado, posto em discurso, chamado a falar. Parece que chegamos ao ponto máximo dessa excitação: nas redes sociais, o privado se torna de interesse público e, sendo assim, é certamente o sexo o alvo primordial dessa curiosidade, dessa investigação. Aqui, no confessionário das redes, o debate sobre a esfera íntima das sexualidades torna-se incontornavelmente público e político.

QTMT bebe nesta fonte: é sobre confissões, é sobre testemunhos, é sobre tornar pública a dor, é sobre “jogar na cara da sociedade” o que antes se escondia, é sobre dar pinta livremente, é sobre criar comunidades, é sobre viver o luto, é sobre denunciar, é sobre não baixar a cabeça, é sobre ter direito à autodenominação, é sobre viver livremente a identidade.

Ainda no início do trabalho, umas das atrizes dá voz às interpelações constantes ouvidas pelo grupo: “Por que só montamos espetáculos sobre travestis, quase como uma obsessão?”. E a montagem, bem como a trajetória do Coletivo e de seu diretor/fundador, Silvero Pereira, parecem ser uma resposta a essa indagação. Não no sentido de uma justificativa, mas de uma afirmação deste lugar temático, estético e político. De maneira que QTMT não é somente um veículo para a confissão de outros, mas também um desabafo d’As Travestidas sobre o preconceito e a rejeição que cercam seu trabalho.

FORA DA NORMA

A montagem vai, assim, dando voz a essas vivências fora das normas de gênero, fora das normas da sexualidade, fora dos padrões corporais. Aparecem as lembranças de uma infância absolutamente queer: a paixão pelos galãs de novela, os primeiros desejos por homens, o preconceito familiar, o disciplinamento dos corpos, as pernas que se cruzam para reproduzir o genital feminino.

Emergem também as dúvidas e tensões na definição das categorias identitárias: homem, bicha ou mulher? Debate sempre acalorado entre as “verdades” da ciência, da religião, da militância e dos sujeitos sexo-desviantes. Irrompem as vozes da fé fundamentalista e persecutória, cujas contradições revelam um projeto de sociedade excludente e neofascista. Desnuda-se a dor dos “pequenos monstros”, colocados desde sempre à margem do humano. Expõem-se a metamorfose dos corpos, bem como episódios de luta diária por respeito e dignidade.

LUTO E ALEGRIA

Mas se você imagina que QTMT é somente um pranto, uma lamento em torno da violência contra as travestis e todos os LGBTs, engana-se. O espetáculo articula, como potência teatral, a ambiguidade afetiva fundante da comunidade: entre a dor e o riso, entre a melancolia e a gay(atice), entre a tristeza e o gozo. Eu já havia observado a maneira como Silvero Pereira manipulava esses afetos em BR-Trans (leia a crítica AQUI) e, agora, me parece que esse conflito fundamental (o luto permanente pelos que partiram e partirão versus a alegria em ser des-viado) se transmuta numa linguagem cênica mais consolidada.

Essa contradição está nos corpos, nos movimentos, na dramaturgia, na trilha sonora, na iluminação. A plateia vai sendo levada pelo choque permanente entre essas emoções conflituosas: entre a dor de ver mais um corpo travesti estendido ao chão e o prazer da “gongação” entre “viados”; entre a impotência de lidar com o gesto suicida e a carnavalização de transformar toalhas em looks de passarela; entre a vergonha diante do xingamento público e a festa do lypsinc. Quando imaginamos que a plateia vai ser tragada pelo melodrama, pelo lacrimoso, a direção nos apresenta essa possibilidade de saída da fossa.

Essa estratégia de composição de cena d’As Travestidas é muito política, porque é uma forma que revela a capacidade de sobrevivência da comunidade LGBT. O riso e a alegria não aparecem aqui como escapismo, como fuga, mas como ferramentas de persistência, como táticas de enfrentamento, como uma forma de dizer: “Apesar de tudo, resistimos e seguimos”.

TEM COMO BOTAR MAIS “VIADO”?

Gabriela Monelli, Viviany Beleboni, Verônica Bolina, Leona (a assassina vingativa), Roma Gaga. Estão todas lá, de forma direta ou indireta. Do lado mais sofrido da experiência travesti ao seu lado mais jocoso, QTMT nos confronta com essa profusão de sujeitos (antes restritos às sombras) e trajetórias. A metáfora transborda para a cenografia: portas sanfonadas de comércio, marcadas por pichações – a lembrar o pano de fundo em que se dá a prostituição travesti noturna – abrem-se e convertem-se em vitrines, das quais saltam essas figuras.

Em cena, os sete artistas se apresentam em trajes cor da pele, remetendo à intimidade travesti, e, aos poucos, vão incorporando diversas imagens e máscaras. Inverte-se o jogo: se antes, era somente no território das máscaras que tínhamos contato com o universo travesti, agora é com sua intimidade corporal e identitária que primeiro nos confrontamos. Mas a teatralidade está lá, dando passagem à vida “real”. Um gesto de desnudamento artístico, pessoal e social é o que promove o Coletivo As Travestidas.

Emblemática, no espetáculo, é também a imagem de um dos atores carregando galhas do animal veado. Para além da ironia e da brincadeira com a expressão veado (ou “viado”), utilizada popularmente no Brasil para designar homossexuais e travestis, o ator que a incorpora produz movimentos espasmódicos de grande força e impacto, trazendo para o seu corpo as dores e castigos aos quais ainda está submissa a população LGBT. Síntese das ambiguidades afetivas a que me referi anteriormente, sofrimento e ironia, o veado/viado remete às figuras do Butoh e nos faz lembrar que é preciso lidar com nossos “fantasmas” do sectarismo sexual e que eles estarão sempre, e insistentemente, aqui.

Confira AQUI entrevista com Silvero Pereira, do Coletivo As Travestidas.

Acesse AQUI a programação completa do TREMA! Festival 2016.

Confira AQUI outras críticas a espetáculos diversos feitas por nossos colaboradores.

TagsAs TravestidasQuem Tem Medo de TravestiRodrigo DouradoSilvero PereiraTREMA!TREMA! Plataforma de Teatro
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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