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Crítica – Ombela | Mulher menstruada, fluxo de sangue!

Por 4 Parede
7 de novembro de 2016
2315
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Imagens – Divulgação

Por Maria Bianca

Graduanda em Licenciatura em Teatro (UFPE)

O espetáculo Ombela cumpriu temporada no espaço O Poste Soluções Luminosas, todos os sábados e domingos às 20h, na primeira edição do Festival de Teatro Outubro ou Nada. O poema sensível do angolano Manoel Rui, Ombela, resultou em 2014 no espetáculo inédito realizado pelo grupo pernambucano O Poste, com direção e encenação de Samuel Santos, em cena as atrizes Agrinez Melo e Naná de Sodré.

O grupo surgiu em 2004 com intuito de prestar serviços de iluminação cênica. Em 2009 nasceu o espetáculo Cordel do Amor Sem Fim, de Cláudia Barral, resultante de vários prêmios de melhor atriz, melhor cenário, dentre outros. Com sede de palco o grupo pôde ampliar sua trajetória de produções artísticas, desenvolvendo trabalhos antropológicos direcionados ao teatro físico. Há cinco anos se aprofundam nas pesquisas voltadas aos textos de matrizes africanas, investigando o universo das incorporações de Orixás, aproximando a investigação aos processos metodológicos de Michel Chekhov, Vsevolod Meyerhold, Eugênio Barba e Jerzy Grotowski. Formado exclusivamente por atores e atrizes negras, o grupo reforça e fomenta em suas criações a representatividade afrodescendente na cena teatral recifense.

A palavra Ombela que é de origem Umbundo, idioma do autor, significa chuva em português. A água que está dentro, está fora. Esse rio que passa, essa forma líquida, aquosa de mostrar o sagrado feminino, a mulher enquanto ser divino e a chuva, centro do universo. Esse centro está presente no cenário do grandioso lugar pequeno, o Poste, em formato circular onde todos podem se ver. As atrizes estão no meio, às margens do rio por onde escorre a água que cai, abençoando e abrindo os caminhos… O ritual começou!

Ao adentrar nessas águas, nesse mar, ouço o som da chuva nos chocalhos presos nos pés de Agrinez e onde Naná tem em mãos um jarro sonoro. O rosto das atrizes estão cobertos por miçangas coloridas. De acordo com a Mitologia Africana os orixás ficam com o rosto oculto quando irão se apresentar no salão, uma vez que a incorporação é um “empréstimo” corporal, ou seja, o orixá não tem face.

A sutileza da obra nos leva ao tempo expandido de outro espaço, um banho de sonoplastia que mexe na memória, no resgate sensorial das ombelas. A composição musical é de Isaar França, cantora, instrumentista e compositora negra pernambucana. A profunda pesquisa sonora do grupo nos trouxe instrumentos delicados que remetem ao som da chuva, dando potencialidade a cena, através da kalimba, caxixi, xequerê, tambor, ocean, marimbau fixo no cenário, agogô de argila feito pelo Mestre Nado, jarros sonoros, pau de chuva, apito e chocalhos. As músicas tocadas e cantadas ao vivo pelas atrizes nos invadem. Esses dispositivos musicais ritmizam o espetáculo. Além desses instrumentos, a narrativa da peça ora é falada em umbundo, ora em português. Ombela, a chuva, fina, grossa, torrencial, fonte de energia e de vida, mãe e filha das trovoadas, a mesma em todos os lugares, a mulher amada de água, a chuva que arrebenta trovão, nos faz enxergar a analogia da chuva com as diferentes personalidades dessas deusas do ventre.

Trechos musicais do espetáculo: “Eu dou banho ao vento com minha mão de mulher…” “Eu sou ombela e quero encher os rios que os outros andam a secar!”.

As canções, o ritmo dos instrumentos de percussão, a dança, os gestos, todos os movimentos do corpo, os mitemas culturais conjugados em cena capturam o próprio pulsar rítmico da experiência negra ancestral, engendrando uma percepção do corpo e do espírito. Essa orquestra de palavras, sons, imagens, luzes e sombras, máscaras e totens, cores, ritmos e cheiros, cria uma linguagem teatral sinestésica, envolvendo o palco e a platéia numa atmosfera de receptividade e engajamento coletivos. (MARTINS, 1995. p. 101)

Os rituais, e a presença das atrizes em cena, tornam-se um segundo texto a ser analisado. Os elementos teatrais do espetáculo são ricos em simbologias e estão presentes na maquiagem em tons de dourado, nas pinturas brancas em partes do corpo, nos figurinos vivos em suas tonalidades produzidos pela atriz Agrinez Melo e também nas indumentárias utilizadas no corpo enriquecendo os aspectos culturais afrodescendentes.

Com base nos estudos antropológicos de Eugênio Barba, é notável a presença cênica das atrizes em forma de equilíbrio, dilatação, energia, oposição, corpo decidido, pré-expressividade bem como as partituras em cena. Esse corpo dilatado, “extra-cotidiano”, a energia lançada para plateia chega através do olhar. Não tem quarta parede ou coxias, as atrizes se resolvem na hora, seus movimentos são precisos e suaves como uma corrente de água que vai escorregando nas pedras, liberando o mínimo de esforço para o máximo de energia, uma força vital, ampliação de todos os pontos corporais como centro energético, traços que encontramos no candomblé. A libertação dessas duas gotas de águas se dão pela incorporação de duas entidades.

A encenação do grupo é uma ação política-estética-cultural dentro do cenário teatral eurocêntrico. O próprio espaço do Poste é o exemplo claro disso: plateia e atrizes no mesmo plano. Fomentador do universo feminino, o espetáculo nos traz a necessidade de voltar para o útero. Encharcada nessas águas, a obra levanta questionamentos sobre a cultura afro brasileira, a importância da natureza, a mulher negra como protagonista da sua própria história, a mãe, a avó, a criança, a mulher sem pudor, sem medo de mostrar seu corpo pertencente a este mundo e há tantos outros, de outras vidas. Recomendo a todas as mulheres, as ombelas, essa libertação da alma. Evoé ao grupo. Resistência negra presente!

Referência: MARTINS, Leda Maria. A cena em sombras. Ed. Perpectiva S.A. 1995.

TagsAgrinez MeloCríticaEspaço O PosteMaria BiancaNaná SodréO PosteOmbelaOutubro ou NadaSamuel Santos
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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