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Home›.Tudo›Crítica – Dinamarca | A Dinamarca (não) é aqui!

Crítica – Dinamarca | A Dinamarca (não) é aqui!

Por 4 Parede
9 de agosto de 2017
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Imagem – Bruna Valença

Por Bruno Siqueira

Doutor em Letras (UFPE) e Professor da Licenciatura em Teatro (UFPE)

Muitos estudos, hoje, vêm refletindo sobre a relação entre os textos clássicos gregos e o teatro contemporâneo. Por que muitos dos artistas teatrais pós-modernos têm se voltado às tragédias gregas como fonte para seus trabalhos, sobretudo dos anos de 1970 em diante? Em seu livro Dioniso desde 1969: Tragédia Grega na Alvorada do Terceiro Milênio, Edith Hall reúne alguns estudiosos da antiguidade clássica para compreender o discurso da recuperação das tragédias gregas na pós-modernidade, a partir de quatro categorias centrais: a social, a política, a estética e a intelectual/filosófica. Ou seja, conforme esses estudiosos, os artistas teatrais contemporâneos procuram compreender, à luz do que oferecem as tragédias gregas, a sociedade atual, nas suas dimensões sociais, políticas, estéticas ou intelectuais/filosóficas. O resultado de muitos desses trabalhos costuma ser bastante revelador.

Os rapazes do grupo Magiluth, em vez de recorrerem às tragédias gregas para seu novo trabalho, partiram de outro texto clássico, dessa vez Hamlet, uma das peças mais lidas e encenadas do dramaturgo William Shakespeare. Dinamarca é o nome do espetáculo, com texto de Giordano Castro e direção de Pedro Wagner. Em vez de aportarem na antiguidade clássica, foram ancorar no Renascimento europeu. Na Modernidade. Essa questão histórica é deveras significativa. De antemão, vale ressaltar que só podemos pensar na Modernidade considerando sua íntima relação com o capitalismo, com o colonialismo e com o patriarcalismo…

Bem, como povos colonizados, recebemos da Europa uma herança maciça das Belas Letras e das Belas Artes, e Shakespeare entrou nesse pacote. Fomos “educados” a apreciar a obra monumental do bardo inglês. Na colonização de nossos saberes, os colonizadores alçaram o teatro de Shakespeare  à categoria de cânone universal. Harold Bloom, no livro Shakespeare: a invenção do humano, um dos estudiosos mais autorizados da obra shakespeariana, chegou a defender a tese de que Shakespeare inventou o conceito de humanidade.

Ora, se o Magiluth não fosse um grupo dotado de uma percepção crítica das dimensões estéticas e políticas do mundo, poderíamos testemunhar, muito possivelmente, um mero trabalho de tradução cênica do clássico shakespeariano, com direito a rufos no figurino e a um macaqueamento dos modos ingleses de atuação. Nada disso ocorre. O que vemos em cena são vestígios da obra original. Hamlet é uma peça que trata do poder, da legitimidade/ilegitimidade política e de vingança. Um rei é morto, numa trama em que estão envolvidos seu irmão (o assassino) e sua esposa. Houve um golpe e o fantasma do rei apela ao filho, Hamlet, por vingança. Qualquer semelhança com o golpe parlamentar e midiático que o Brasil sofreu há um ano não é mera coincidência. Os meninos do Magiluth perceberam, acertadamente, equivalências entre a Dinamarca hamletiana e o Brasil atual: o golpe, a ganância, as disputas pelo poder, a traição, as hipocrisias.

O espetáculo acontece ao longo de uma festa. O público torna-se os convidados. Foi inevitável lembrar, em nosso contexto político, dos escandalosos banquetes que o atual presidente tem oferecido aos parlamentares, a fim de comprar, com dinheiro público, os votos favoráveis à aprovação dos projetos de lei que fazem concessão ao mercado global, em detrimento dos direitos trabalhistas e sociais conquistados a muito custo nesses últimos anos de nossa história. Em cena, personagens que gozam do privilégio de serem dinamarquesas, brancas, masculinas e poderosas. Sim, o masculino é dominante, até porque a única mulher que avulta em cena, a rainha, é assim interpretada pelo próprio filho: “Fragilidade, o teu nome é mulher”. Mais outra equivalência com nosso congresso machista e misógino.

Ao mesmo tempo em que os Magiluth, em Dinamarca, se posicionam criticamente frente ao atual (des)governo brasileiro, eles também assumem, a meu ver, uma postura anticolonialista diante dessa herança cultural a que me referia. Os artistas, subalternos e periféricos, receberam o texto canônico e o dessacralizaram, desmembraram-no, retiraram-lhe sua hybris fundamental, fragmentaram-no, deglutiram-no. Em sua dramaturgia, Giordano Castro performatizou em cima do texto clássico. Implodiu a tragédia, mas manteve o sentimento trágico do mundo, ressignificando-o.

A crise dos valores éticos nas sociedades ocidentais contemporâneas encontra na tragédia shakespeariana um lugar para a autorreflexão. As personas que os atores do Magiluth performatizam, apesar de todos os privilégios que possuem, não são felizes e procuram artificialmente viver a felicidade. Seus prazeres são fugazes. Sua alegria, falsa. Seu companheirismo é frágil. No mundo dominado pelas leis do mercado e da livre concorrência, a amizade é enganosa. Ninguém é amigo de ninguém. Vivemos num sistema político e econômico de exploração predatória da natureza e da força de trabalho. Neste mundo mercantilizado, o sujeito está cada vez mais só e se depara constantemente com suas angústias íntimas, com seus medos, com sua vulnerabilidade. O monólogo final de Giordano é apocalíptico e aponta para um fim trágico da humanidade.

O trágico está presente em toda apresentação, mas Dinamarca não é um espetáculo pesado, carregado. A direção precisa de Pedro Wagner consegue trazer leveza ao seu trabalho. O grupo Magiluth mantém aqui suas opções estéticas e estilísticas, centrando seu trabalho no que podemos chamar de teatro performativo. Nesse teatro, há uma recusa da dimensão dramática, representacional (os atores não interpretam personagens: performatizam suas ações); um apelo à receptividade do espectador de natureza essencialmente especular; um investimento contra a separação radical entre cultura de elite e cultura popular, entre “alta” cultura e cultura de massa. Só para se ter uma ideia, colocar num mesmo cadinho Shakespeare e Leonardo Sullivan deixaria os canônicos de orelha em pé. Contudo, a cena rende, flui, é saborosa, apesar da presença sempre indigesta do sentimento trágico.

O Magiluth parece estar confirmando as ideias de Robert Lepage, como nos faz ver Josette Féral (Por uma poética da performatividade: o teatro performativo): “com intuito de estar de acordo com sua época, o teatro deve dar conta da evolução dos modos de narração, dos modos de percepção e compreensão do mundo. Não se pode mais fazer o mesmo teatro senão pelo passado, mesmo se no fundo são sempre as mesmas histórias que nele são contadas”. Com Dinamarca, o grupo alcança um dos grandes momentos de sua trajetória, registrando sua arte e sua voz num tempo extremamente delicado de nossa história.

 

TagsBruno SiqueiraCríticaDinamarcaGiordano CastroMagiluthPedro Wagner
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Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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