Quarta Parede

Menu

  • Sobre o 4ª Parede
  • Quem Faz?
  • Fale Conosco

Seções

  • INÍCIO
  • Dossiês
    • Atual
    • Anteriores
  • Podcasts
  • Entrevistas
  • Videocasts
  • Críticas
  • Como Colaborar
  • Expediente
  • Sobre o 4ª Parede
  • Quem Faz?
  • Fale Conosco

logo

Quarta Parede

  • INÍCIO
  • Dossiês
    • Atual
    • Anteriores
  • Podcasts
  • Entrevistas
  • Videocasts
  • Críticas
  • Como Colaborar
  • Expediente
  • Crítica – Breaking/PE | Vestígios históricos H2, PE

  • Crítica – vaga-lumes | Carta para a pintora da dança Dani Guimarães

  • Crítica – Bokeh | A luz invisível que nos atravessa

  • Crítica – Inverso Concreto | Conexão coletiva e arquitetura desconstrutiva

  • Crítica – A Engrenagem que Nos Move | Deixa eu te contar a história da engrenagem que ganhou VIDA!

.TudoCríticas
Home›.Tudo›Crítica – JERK (Babaca) | Um teatro desagradavelmente lírico e espantoso

Crítica – JERK (Babaca) | Um teatro desagradavelmente lírico e espantoso

Por 4 Parede
10 de março de 2020
1721
0
COMPARTILHE ESSE CONTEÚDO

Imagem – Alain Monot

Por Bruno Siqueira

Professor da Licenciatura de Teatro (UFPE)

Cruel. Essa foi a primeira palavra que ficou ressoando em meu espírito ontem enquanto saía da sala de espetáculo do Teatro Sérgio Cardoso. Acabara de assistir a JERK (Babaca), pela 7ª. Mostra Internacional de Teatro de São Paulo. O espetáculo, de 2008, é uma produção francesa, dirigida pela diretora Gisèle Vienne, a partir do romance homônimo de Dennis Cooper, com a cruel atuação/interpretação do encenador, ator, marionetista, ventríloquo, dançarino e ator francês Jonathan Capdevielle.

*   *   *

Crueldade. Um teatro da crueldade. Não apenas pelo enredo que nos conta (terrivelmente cruel), mas, sobretudo, pela forma de contá-lo. Sim, estou me referindo ao sentido de teatro que o ator, encenador e pensador francês, Antonin Artaud, defendeu tão apaixonadamente em sua vida. Um teatro que nos desperta nervos e coração; que, na contramão do mero entretenimento, não permite que os acontecimentos da cena sejam superados; que as imagens construídas e evocadas exerçam um tal magnetismo e ajam sobre nós como “uma terapia da alma cuja passagem não se deixará mais esquecer”. Para Artaud, tudo o que age sobre nossos corpos é uma crueldade.

*   *   *

Poesia. Esse teatro da crueldade do qual JERK (Babaca) é herdeiro procura nas agitações, nas convulsões e nos espasmos dos corpos pulsantes; no amor, no crime ou na loucura um pouco de poesia, cuja potência permita ao público reconhecer que o teatro seja tão necessário nos dias de hoje, terríficos e catastróficos. Não um lirismo epidérmico, que nos conduz ao escapismo, mas um terrível e cruel lirismo, que nos convida a mergulhar no lado mais profundo e obscuro da vida. Pulsão de morte, pulsão de vida. Thanatos e Eros. Freud lido por Marcuse.

*   *   *

 JERK. O espetáculo me afetou por diversos dispositivos. Sendo um teatro minimalista (ou, se preferirem, pobre, no sentido grotowiskiano), toda atenção do público se dirigia ao corpo do ator. Sentado sobre uma cadeira simples de madeira, com uma bolsa grande de seu lado direito e um antigo micro system de seu lado esquerdo. Esse corpo já se encontrava em estado cênico (mais uma vez Grotowiski, herdeiro de Artaud); sua presença tinha qualidade, tinha potência.

O intérprete vivenciava David Brook, na prisão, diante de estudantes de psicologia. O corpo, apesar de estático, estava tomado por chamas, incendiado, empesteado. Os nervos faziam os músculos tremerem; as mãos, inquietas; pequenos e constantes tiques na face; o olhar flutuando de um lado a outro da plateia, vendo o público chegar e se sentar nas arquibancadas.

*   *   *

Fanzines. Fechada a porta da sala de espetáculo, dois rapazes da equipe técnica começaram por distribuir um fanzine a cada espectador. Feito em folhas de papel 40 kg de cor creme, continha fotografias, desenhos e dois textos escritos em francês. Nele, vinha acrescida a tradução dos textos, impressa em papel A4. O ator nos informa que estamos recebendo um fanzine e que devemos ler a primeira história, enquanto ele se organiza com os fantoches e se prepara para a primeira parte da cena.

A segunda história seria lida na segunda parte do espetáculo. As histórias recriam o caso verídico do Candy Man, Dean Corll (1939-1973), um serial killer que, junto a seus dois cúmplices, os adolescentes David Brooks e Elmer Wayne Henley, sequestrou, violentou e assassinou cerca de 28 adolescentes na cidade de Houston, no Texas (EUA), no início dos anos 1970.

*   *   *

Fantoches. Também chamados de títeres (termo emprestado do espanhol), é uma espécie de marionete, bonecos que, em vez de serem manipulados por fios, são animados por uma pessoa pela manipulação que resulta da introdução da mão numa espécie de luva, em que o dedo indicador vai segurar e mover a cabeça do boneco, enquanto o polegar e o anelar fazem mover os braços. No nordeste brasileiro, esses fantoches recebem o nome de mamulengos. Em JERK (Babaca), esses fantoches funcionam como dispositivos que disparam afetos ambivalentes, contraditórios, agônicos.

Bonecos feitos com esmero e primor, com faces extremamente delicadas sob as máscaras de ursinho panda e de cachorrinho, eles representam personagens responsáveis por ações de extrema violência e crueldade. A personagem David Brook, quem os manipula, um psicopata, o faz como um processo terapêutico. Valendo-se da fantasia, ele recria o real dos crimes que praticou, distancia-se dele, ao mesmo tempo em que se reconhece nesse real. Esse processo psicodramático pode ter resultados surpreendentes, de superação de traumas, de neuroses, de psicoses, de instintos assassinos. O ator, Jonathan Capdevielle, desempenha com maestria a manipulação dos bonecos.

*   *   *

Sonoplastia. Último dispositivo, por ora. O som é, neste espetáculo, um dos dispositivos mais potentes, disparando afetos que nos atravessam e nos provocam as mais diversas e díspares reações. Sobretudo na segunda parte do espetáculo, a performance vocal do ator foi capaz de criar inúmeras imagens potentes, nas suas diversas modulações, nas frequências vibratórias do som, nas configurações melódicas e harmônicas tonais e atonais, nas suas dissonâncias e distorções.

Por meio de sua vocalização, Jonathan Capdevielle nos fazia ouvir os humores emanados dos estupros cometidos por Dean Corll e seus dois comparsas. Fazia-nos visualizar ejaculações, espermas, fezes, suor, lágrimas, sangue… muito sangue. Sua voz ecoava no espaço e, com o som, desenhava nele essas tantas e diversas imagens, nos provocando espanto, náusea, horror, ódio, comiseração, amor. Como dizia Nelson Rodrigues, referindo-se a si mesmo e ao seu trabalho, trata-se de um teatro desagradável, capaz de produzir o tifo e a malária na plateia.

*   *   *

Por fim, quando escutamos a voz em off da professora de Psicologia lendo a análise de seu aluno dirigida a David Brook, vamos aos poucos ouvindo um som distorcido e estridente de guitarras e equipamentos tecnológicos, cujo volume vai tomando conta do espaço e silenciando a voz da professora. David Brook continua nos olhando, impávido e inerte, como se o som que ocupa o espaço adviesse de sua cabeça. Saímos do teatro sem mais palavras.

TagsBruno SiqueiraCríticaJERKJonathan CapdevielleMITsp 2020
Post Anterior

Crítica – Tu amarás | Feridas abertas

Próximo Post

Crítica – O Pedido | O absurdo ...

Posts Relacionados Mais do autor

  • Imagem colorida de um palco escuro. Do lado esquerdo, um homem vestindo um macacão diante de um microfone. Do lado esquerdo, as silhuetas de dois homens aparecem diante de uma tela com uma projeção verde.
    .TudoCríticas

    Crítica – Estudo nº 1: Morte e Vida | Aforismos maquínicos

    4 de abril de 2022
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    Crítica – Alguém para fugir comigo | Para onde?

    8 de novembro de 2016
    Por 4 Parede
  • Imagem de vários rapazes e moças seminus, usando somente cuecas e calcinhas pretos. Todos em posições sensuais e afeminadas
    .TudoCríticas

    Crítica – Santo Genet | Um espetáculo grávido de possibilidades

    18 de agosto de 2017
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    Filipe & Marcelo – ‘Até que a vida nos aproxime do que nosso corpo pode’ | Casamento, performatividade e agência

    6 de outubro de 2017
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    Crítica – Grãos da Imagem: Vaga carne | Percurso de empoderamento de uma voz

    14 de maio de 2016
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    Crítica – Sábado Descontraído | O que acontece numa sociedade não ocidental?

    8 de março de 2020
    Por 4 Parede

  • .TudoDossiêsEntrevistas

    #05 Arte e Mercado | Sobre Bibi, Ariane e a produção teatral como missão de vida

  • .TudoEm Cartaz

    Espetáculo “Show de Horrores da Baby Jane” estréia em Caruaru no FEINT

  • .TudoEm Cartaz

    “Baile do Menino Deus” comemora sua 12ª edição no Marco Zero

ÚLTIMOS PODS

INSTAGRAM

Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
Siga no Instagram

Receba feeds quentinhos

Cadastre seu e-mail e receba as novidades em primeiro lugar

Quarta Parede - Palco & Plateia. Unidos! Direitos Reservados. Desenvolvido pela Atuante Agência Digital. V1.1