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Brinquedos e Coisas de criança | Entrevista – Cia. YinsPiração Poéticas Contemporâneas

Por 4 Parede
1 de junho de 2024
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Imagem – Luciano Sartoryi

Dentre os espetáculos vindos do Centro-Oeste brasileiro para a edição 2024 do Palco Giratório, o espetáculo O equilibrista (DF), da Cia. YinsPiração Poéticas Contemporâneas, com direção de Luciana Martuchelli e atuação de Filipe Lima, ganhou espaço no palco do Teatro Apolo.

O palco é uma ilha – onde o tempo não existe; as ruínas de um teatro incendiado – onde o tempo passou; a morada de Deus – onde o tempo está parado; o jardim do Imperador – onde o tempo voa. O espetáculo da Cia. YinsPiração Poéticas Contemporâneas teve temporadas em
Brasília e Rio de Janeiro e se apresentou nos festivais Cena Contemporânea e SOLOS FÉRTEIS.

Para saber um pouco mais sobre o processo de criação do espetáculo, o co-editor-chefe do Quarta Parede, João Guilherme de Paula, conversou com o ator Filipe Lima.

O espetáculo “O Equilibrista” aborda a transformação de um menino em homem e de um homem em artista. Como surgiu a ideia de explorar essas transições e quais foram as principais influências e referências para essa investigação temática?

O processo criativo começou quando, como exercício, a diretora Luciana Martuchelli pediu que cada um do nosso grupo de teatro fizesse o seguinte exercício: como se estivéssemos em um incêndio, tínhamos 5 minutos para pegar coisas em nossas casas (objetos, roupas etc.), colocar numa mala e levar para o próximo ensaio. Ao mostrar minha mala, havia apenas brinquedos e coisas de criança. A partir daí começamos a investigar o porquê da minha seleção. Essa pergunta pessoal se expandiu para uma pesquisa sobre crescer, a vida adulta, o amor, a morte, o tempo até culminar na pergunta que norteia o espetáculo: o que é ser homem?

Paralelo a isso, eu estava em formação como ator: estudava na universidade e fazia cursos livres de atuação. Neste momento, meu pai insistia para que eu fizesse concursos públicos para garantir um futuro estável. Não acreditava que a arte poderia ser um trabalho que trouxesse dinheiro. Ele dizia que teatro e cinema era para gente rica ou famosa. Então, o ofício de fazer teatro, de ser ator, de ser artista precisava também se defender. Eu ainda tinha dúvidas e, com essa referência em casa, também não acreditava que eu teria êxito. Assim, o processo de criação do espetáculo foi um rito de passagem nesses dois níveis: de menino em homem e de homem em artista.

Imagem colorida de um palco. Ao centro, um homem branco está sentado em um banco, com as pernas abertas. Ele usa uma roupa azul comprida, com mangas longas, e um tapa olho no olho esquerdoo. Ao seu redor, diversos objetos, como uma gaiola, um navio em miniatura etc.

Espetáculo ‘O equilibrista’ | Imagem – Divulgação | #ADnoTextoAlternativo #4ParedeParaTodes

A colaboração entre a diretora Luciana Martuchelli e o ator Filipe Lima é central no espetáculo. Como essa parceria artística contribui para a construção do personagem e para a dinâmica da narrativa?

Muitos dos elementos cênicos e textos vieram do ator, com seus conflitos pessoais e perguntas existenciais. Como ser do sexo masculino, trago perguntas e pontos de vista desse gênero e de uma geração de homens. 

Porém a diretora Luciana Martuchelli desenvolveu a dramaturgia associando essas histórias pessoais a contos infantis, como “Peter Pan” (de J. M. Barrie) e “O Rouxinol e o Imperador Chinês” (de H. C. Andersen). Além disso, também integrou mitos (Orfeu e Eurídice e Arcanjos Cristãos) e ritos de passagem masculinos (tribais e urbanos). Dessa maneira, a obra saiu de um lugar unilateral (minha visão particular) e foi para um espaço arquetípico, que conversa em diferentes níveis com meninos e homens.

Então, a dramaturgia foi feita a partir da costura desses elementos. Como ator, no início, era muito difícil distinguir quem era cada personagem, em que momento do arco dramático cada um estava. Ainda é complicado. Mas percebo que é como se esses personagens também fossem uma só pessoa mostrando suas diferentes facetas. É como se o próprio público quisesse saber de algo e o personagem aparece para lhes contar.

O espetáculo aborda diferentes percepções do tempo no palco, como uma ilha onde o tempo não existe e as ruínas de um teatro onde o tempo passou. Quais foram os desafios ao explorar essas diferentes temporalidades na criação do espetáculo?

O maior desafio foi costurar todos esses ambientes. As cenas e imagens surgiram quase todas de uma vez, mas de maneira caótica, como uma grande explosão de possibilidades. As primeiras apresentações foram como uma aula-espetáculo: precisávamos explicar o que estávamos fazendo e quais eram as associações entre as cenas. Porém, na manhã que antecedia a estreia do espetáculo em um festival na Colômbia, em 2013, Luciana mudou a ordem das cenas, refez algumas conexões entre elas e fizemos uma estreia/ensaio geral para o público. Foi como se o espetáculo tivesse vida própria e nos falasse o que deveria ser feito. Então o próprio espetáculo nos mostrou como deveríamos “definir” essas temporalidades.

Acho que para a direção, a dificuldade estava em como tornar palpável para o público esse novelo de momentos, tempos e imagens diferentes. Foram várias experimentações de como amalgamar o caos criativo e contar uma história com isso. Para mim como ator, a dificuldade foi transitar entre esses mundos tendo consciência de que fazia isso. Me confundia e recebia duras críticas da direção. 

Quando se está inconsciente de quem se é, podemos simplesmente repetir o padrão de comportamento de um grupo ou de um contexto e, assim, somos uns iguais aos outros, sem identidade. Se isso acontece em cena, pode ser fatal para o viço do espetáculo. Nossa função, como artistas performáticos, é sempre manter viva cada ação, cada palavra. Dessa maneira, personalizamos o texto e o que fazemos em cena, despertando a atenção do espectador e, por consequência, o pulso cardíaco do espetáculo. 

Imagem colorida de um palco na penumbra, rodeado por pisca-piscas. Ao centro, um home branco está usando uma roupa azul comprida, com mangas longas. Ele está com os braços abertos, tirando um casaco marrom que estava por cima da roupa que está usando.

Espetáculo ‘O equilibrista’ | Imagem – Divulgação | #AdnoTextoAlternativo #4ParedeParaTodes

“O Equilibrista” utiliza elementos como máscaras balinesas, cenografia detalhada e recursos audiovisuais. Como vocês acreditam que esses elementos contribuem para discutir a mobilidade e a reconfiguração dos espaços físicos e virtuais nas artes da cena?

É sempre importante ter em mente que o espectador contemporâneo é muito inteligente, já viu de tudo. Além do teatro, da música e do cinema, ele tem acesso à internet – que oferece criatividade infinita o tempo todo. Então é importante se perguntar, como artista, como surpreender o público, como agarrar sua atenção. 

O recurso de multilinguagem midiática e estética favorece a manutenção do interesse do espectador no produto cultural, seja ele qual for. Por outro lado, não utilizar esse recurso multilinguístico no fazer artístico é quase um desperdício, visto que hoje a tecnologia está muito avançada e nos permite criar ambientes dentro do teatro que há 50 ou 40 anos atrás eram impossíveis. É como se uníssemos dois mundos: um antigo e um novo, criando uma terceira possibilidade

E como quaisquer outras atividades humanas e ofícios, o teatro está o tempo todo se reinventando. Porque os fazedores de teatro mudam, se reciclam e porque os tempos pedem isso. Se ele não se recicla, morre. Como tudo. Porém, no teatro, existe uma mágica que em nenhum outro meio artístico acontece: a experiência ancestral de um humano contar uma história para outro. Presencial ou virtualmente, olhando um no olho do outro, independentemente da linguagem usada, se o espaço teatral é tradicional ou não, acredito que essa troca humana sempre irá existir. 

Se pudessem deixar uma mensagem ou provocar uma reflexão no público após assistirem “O Equilibrista”, qual seria? Que tipo de diálogo ou questionamento esperam despertar nas pessoas ao saírem do teatro?

O próprio espetáculo já faz muitas perguntas e deixa que cada espectador as responda internamente. Fazer uma reflexão final seria reduzir as infinitas possibilidades interpretativas e até induzir ao erro de percepção. Todas as interpretações finais estão corretas porque vêm do conteúdo de cada um. 

Porém, se temos um objetivo com o espetáculo, diria que queremos, no mínimo, fazer o espectador olhar para dentro e descobrir sua própria jornada de protagonista existencial, sejam homens ou mulheres, meninos ou meninas; lembrá-los de como querem passar seu precioso tempo neste planeta. Em um mundo cada vez mais dividido e polarizado, acredito que “O Equilibrista” busca, de forma gentil e quase inocente, juntar as partes e vislumbrar um mundo novo com habilidade de expressão criativa e artística.

_______________________________

Criada por Luciana Martuchelli em 2002, a Cia. YinsPiração Poéticas Contemporâneas foca seu trabalho no treinamento técnico do ator e da atriz, mitologia e os estados de representação do masculino e feminino. Espetáculos: “Parthenon Místico”, “Mare Serenitatis”, “Como Nossos Pais”, “O Equilibrista”, “Fahrenheit – Cantos e Contos de João de Ferro”, “Sonhos de Shakespeare”, “The Big Heart & Eros”, “Ars – As Mil Folhas Peladas dos Poemas”, “Elizabeth Tudo Pode”, “Medea – Gaia em Fúria”, “A Página em Branco” entre outros.

Filipe Lima é ator, cantor, professor de canto e atuação, em 2008, ingressou no grupo de pesquisa teatral “Physis – Dramatic Bodystorm Trainning”, que explora a antropologia teatral na criação de uma técnica autoral para o ator compositor e uma dramaturgia corporal e vocal, idealizado e dirigido pela atriz e diretora Luciana Martuchelli. Com a Cia. YinsPiração Poéticas Contemporâneas atuou em mais 10 espetáculos. Produtor da residência artística A ARTE SECRETA DO ATOR e do SOLOS FÉRTEIS – Festival Internacional de Mulheres no Teatro.

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

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Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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