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Crítica – ALTÍ$$IMO | Um ato de resistência estética e política

Por 4 Parede
25 de outubro de 2017
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Imagem – Luiz Pessoa

Por Bruno Siqueira

Doutor em Letras (UFPE) e Professor da Licenciatura em Teatro (UFPE)

No livro quinto d’Os Irmãos Karamázov (1879), romance mais emblemático de Dostoiévski, a personagem Ivan lê para seu irmão um “poema” que intitula de O Grande Inquisidor. Nele, Jesus Cristo, sabendo do sofrimento de seu povo e cansado de tanta injustiça, resolve voltar e descer numa Sevilha do século XVI, no auge da Inquisição espanhola. Na noite anterior, centenas de hereges haviam sido queimados vivos, para a glória de Deus. O povo o reconhece, quer tocar nele, pede-lhe milagres. Ao longe, o grande inquisidor ordena que prendam aquele homem. Numa cela pequena, o Jesus recebe a visita dessa santa figura. Frente ao homem que diziam ser o Cristo, o inquisidor lhe pergunta por que havia voltado à Terra. Ninguém mais precisava que o verdadeiro filho de Deus voltasse, como havia sido prometido. Ele só estava ali para atrapalhar. Foram dez séculos de trabalho da Santa Igreja Católica para fazer todos esquecerem a tal liberdade tantas vezes por ele – o Cristo –, pregada. O povo tinha horror da liberdade e a depositou aos pés dos homens que fazem a Santa Igreja Católica, que se diziam representantes do Deus e do Cristo na Terra, a fim de que controlassem sua vida e lhe dissessem o que era certo e errado. Porque veio atrapalhar esse trabalho “de amor” que a Santa Igreja Católica estava fazendo, Cristo morreria no dia seguinte, queimado na fogueira, como um herege.

Um século depois da publicação do romance, começamos a assistir, num Brasil do longínquo hemisfério sul, terceiro-mundista, ao avanço significativo das igrejas evangélicas pentecostais e neopentecostais, cujos representantes, acumuladores de capital, passaram a conquistar espaço no Parlamento. Diferentemente da igreja católica de hoje, esses segmentos da igreja evangélica mantêm com o mercado uma relação ostensiva. Muitos ministros e pastores, a propósito, são donos de propriedades, de emissoras de TV, de rádio. A fé de milhares de pessoas participa de uma engrenagem capitalista, que lhes vende a promessa da salvação eterna junto a Deus. A questão se agrava quando esses capitalistas da fé começam a assumir uma função junto ao legislativo e ao executivo, pressionando o Estado laico a assumir uma política em conformidade com a doutrina religiosa da qual são legítimos representantes. Como se vê, a semelhança com a realidade expressa na obra de Dostoiévski não é pouca. Vemos aqui também, agora na voz das igrejas evangélicas, grandes inquisidores, responsáveis pelas interpretações espúrias da Bíblia e pela manipulação de um povo sofrido e com horror da liberdade absoluta.

Não sejamos ingênuos. É certo que a laicidade do Estado brasileiro só existe no texto constitucional. Na prática, as religiões cristãs estão sempre presentes nos centros de poder e de decisão política. A começar pela inscrição “sob a proteção de Deus”, no preâmbulo da Carta Magna, a Lei maior do país. Para não falar do “Deus seja louvado” inscrito nas cédulas de Real e dos crucifixos, das divindades e de Bíblias em órgãos públicos, assembleias legislativas, câmaras municipais, fóruns, tribunais. O Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta instância do poder judiciário no Brasil, por exemplo, exibe em seu plenário um crucifixo um pouco acima do brasão da República.

Diante desse contexto que faz parte da nossa atual conjuntura política, caótica, conservadora e reacionária, com traços de um fascismo emergente, Pedro Vilela, da TREMA! Plataforma de Teatro, nos oferece o solo ALTÍ$$IMO, por ele dirigido e com texto do paulista Alexandre Dal Farra. O discurso cênico, ao mesmo tempo em que propõe um mergulho nos meandros do uso mercantilista e político da fé, pode ser lido como uma tomada de posição, de resistência à cristocracia que está se instaurando no país.

O texto de Dal Farra é muito bem urdido e possui uma força política impactante, justamente pela posição clara que assume diante da realidade que analisa, da capitalização da fé. A escrita é polifônica e performativa, haja vista que agencia diversas vozes: a do pastor, a do cantor, a do cidadão, a do ator. Nessa encruzilhada de vozes, vamos nos deparando, pouco a pouco, com a filosofia e a dinâmica dessas igrejas evangélicas mercantilizadas, a partir de uma análise, quase sociológica, de por que muitos homens e mulheres precisam se unir sob a bandeira da fé. Mas o texto nos convida também a um debate filosófico-existencial sobre as razões da fé de muitos homens e muitas mulheres. Por que costuma ser tão fácil manipular as pessoas pelo uso da fé? Por que as pessoas se deixam manipular? Essas questões dão ao texto de Dal Farra um caráter de tese. Nesse comércio da fé, explora-se o desespero e o vazio existencial dos fiéis, atribuindo ao dinheiro a promessa de um futuro melhor. Para além do valor de uso e de troca, o dinheiro é carregado aqui de valor simbólico, “do futuro, do que ainda não era. Do que ainda poderia ser diverso. Outro. Múltiplo”. Ele é a base material sobre a qual se assenta a fé. A fé se torna mais forte quando o fiel deposita no dinheiro a esperança de um futuro promissor.

Pedro Vilela, em sua trajetória artística, vem pesquisando, com afinco, a linguagem de um teatro contemporâneo, mais propenso ao performativo do que ao dramático (confira AQUI nosso podcast #06 – Teatro Contemporâneo, em que Vilela comenta sobre o assunto). Desde que saiu do grupo Magiluth, tem se dedicado à produção cultural por meio da TREMA! Plataforma de Teatro, em cujo trabalho se destacam seu festival, que já chegou, nesse ano, à sua quinta edição em Recife; a revista, que se propõe a ser uma revista de arte e política e que, atualmente, está na sua nona edição; e a produção de grupos os mais diversos em vários cantos do Brasil. Neste ano, o artista produziu seu próprio espetáculo solo, este ALTÍ$$IMO, provocativo em sua construção estética e em sua dimensão política.

O pequeno Teatro Arraial mostrou-se um espaço adequado para a proposta do espetáculo em pauta. Nós, espectadores, somos convidados para um culto. Fechada a porta para início da cena, somos surpreendidos com um culto às avessas. No palco, microfones, garrafas d’água, um punhado de sal e um telão, tudo disponível para a manipulação do ator-performer, que transita entre diversas personas, as quais, no final das contas, se resumem a uma única: o ser humano solitário em sua existência, buscando encontrar algum sentido para esta vida. O dinheiro, que move o mundo, é a síntese conceitual do discurso cênico. É o dinheiro que permeia as ações do performer. No centro do culto não se encontra a figura de Deus, mas a esperança dos homens por um milagre, cuja crença é reforçada pela moeda de troca, a mercadoria dinheiro.

Sobre o milagre, Pascal escrevia: “Os milagres são mais importantes do que julgais: serviram à fundação e servirão à continuidade da Igreja até o Anticristo, até o fim… Eu não seria um cristão se não houvesse milagres”. Voltando a Dostoiévski, em momento anterior ao relato do grande inquisidor, Ivan havia declarado “em tom solene que em toda a face da terra não existe absolutamente nada que obrigue os homens a amarem seus semelhantes, que essa lei da natureza, que reza que o homem ame a humanidade, não existe em absoluto e que, se até hoje existiu o amor na Terra, este não se deveu à lei natural mas tão-só ao fato de que os homens acreditavam na própria imortalidade. Ivan Fiódorovitch acrescentou, entre parênteses, que é nisso que consiste toda a lei natural, de sorte que, destruindo-se nos homens a fé em sua imortalidade, neles se exaure de imediato não só o amor como também toda e qualquer força para que continue a vida no mundo. E mais: então não haverá mais nada amoral, tudo será permitido, até a antropofagia.”

O homem é lançado na existência sem saber de onde veio, por que se encontra nela e para onde vai. A crença na imortalidade e no milagre vem a aliviar a angustia existencial. E no mundo capitalista perverso em que vivemos, a senha para alcançar essa imortalidade e o milagre é o dinheiro, “resíduo último de Deus. Seu filho bastardo. Seu rastro de milagre”. Com esses elementos, o ator-performer se expõe e nos oferece sua vulnerabilidade. Sua potência vai aflorando aos poucos: de um início mais frio, cerebral, vai se encaminhando num crescendo até promover, entre cena e plateia, o acontecimento, uma relação no tempo e no espaço que produz afetos e abre-se para o devir. Esse acontecimento, a meu ver, começa a se instaurar no momento em que o Real irrompe na cena. Fotografias de Pedro Vilela, de variados tempos históricos, são projetadas no telão. Nelas, a imagem do ator-performer vai sendo apagada, o que aponta para um tempo que é, simultaneamente, retilíneo e cíclico, aberto ao devir, configurando, assim, a dupla face do acontecimento, como pensado por Deleuze. A partir desse instante, performer, público, espaço e tempo se transformam num único corpo relacional e, por isso, orgânico.

Merece destaque, também, o trabalho competente de Thiago Liberdade na assistência de direção do espetáculo, em parceria com Vilela. Marcondes Lima foi consultor artístico do espetáculo. Dos melhores artistas da cena teatral recifense, Marcondes se destaca também pela generosidade em contribuir com os jovens artistas, num trabalho pedagógico que implica diálogo, estímulo e sugestões. Toda equipe de produção, na qual se inclui ainda Mariana Rusu, juntou esforços para o bem sucedido trabalho ALTÍ$$IMO e, por isso, merece os parabéns. Precisamos resistir ao movimento ultraconservador e opressivo desse nosso tempo sombrio. E ALTÍ$$IMO cumpre bem esse papel de se valer da arte como um dos melhores instrumentos de resistência política.

TagsAltíssimoBruno SiqueiraCríticaPedro VilelaTREMA! Plataforma de Teatro
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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