Quarta Parede

Menu

  • Sobre o 4ª Parede
  • Quem Faz?
  • Fale Conosco

Seções

  • INÍCIO
  • Dossiês
    • Atual
    • Anteriores
  • Podcasts
  • Entrevistas
  • Videocasts
  • Críticas
  • Como Colaborar
  • Expediente
  • Sobre o 4ª Parede
  • Quem Faz?
  • Fale Conosco

logo

Quarta Parede

  • INÍCIO
  • Dossiês
    • Atual
    • Anteriores
  • Podcasts
  • Entrevistas
  • Videocasts
  • Críticas
  • Como Colaborar
  • Expediente
  • Crítica – Breaking/PE | Vestígios históricos H2, PE

  • Crítica – vaga-lumes | Carta para a pintora da dança Dani Guimarães

  • Crítica – Bokeh | A luz invisível que nos atravessa

  • Crítica – Inverso Concreto | Conexão coletiva e arquitetura desconstrutiva

  • Crítica – A Engrenagem que Nos Move | Deixa eu te contar a história da engrenagem que ganhou VIDA!

.TudoCríticas
Home›.Tudo›Crítica – Billie Holiday, a Canção | Uma vida em tom menor

Crítica – Billie Holiday, a Canção | Uma vida em tom menor

Por 4 Parede
2 de outubro de 2016
2706
0
COMPARTILHE ESSE CONTEÚDO

Imagens – Divulgação

Por Marconi Bispo

Ator, Professor de Teatro e Integrante do Teatro de Fronteira e do Afoxé Omô Nilê Ogunjá

[Eu fui no youtube e escolhi um daqueles vídeos The Best of Billie Holiday. Algo em torno de duas horas, tempo que imaginei ser suficiente – ledo engano – para escrever sobre Billie Holiday, a Canção, monólogo dramático musical sergipano apresentado no espaço d’O Poste Soluções Cênicas, que traz a atriz e cantora Tânia Maria interpretando Billie, com texto de Hunald de Alencar e direção de Raimundo Venâncio. Eu quis a voz de Billie Holiday no meu ouvido, ver até onde ela poderia me guiar. A Lady Day, epíteto pelo qual também é conhecida, pena, até hoje, para ser uma voz, uma canção. Mas a sua biografia e sua morte trágica parecem insistir em dizer ‘não!’.]

Somadas, as idades dos pais de Billie Holiday quando ela nasceu não chegam a trinta anos. O pai, quinze; a mãe, apenas treze anos. Nunca se casaram. Ele, também músico de jazz, foi-se pro mundo a tocar e sequer conheceu a filha. A isto, junte o fato de estarmos falando de uma criança negra criada numa cidade como Baltimore, leste dos Estados Unidos, no início do século XX. [Baltimore ainda hoje é considerada uma das cidades mais violentas daquele país e, em abril do ano passado, o assassinato do jovem negro Freddie Gray – morto após violenta investida de policiais brancos – acabou por evidenciar o que poderíamos ter esquecido quando se trata de questões raciais num país que fora marcado pelo apartheid. Os desdobramentos todos, com mais negros sendo assassinados pela polícia, estamos até hoje acompanhando.

Billie nasceu em 1915, na Filadélfia, mas cresceu em Baltimore, cidade portuária do estado americano de Maryland]. Criada por familiares, incluindo aí uma tia que a espancava diariamente, a menina Eleanora Fagan, nome de batismo, desde muito cedo aprendeu a entoar em descompasso. Em 1930, depois de um reencontro, seguiu com a mãe para Nova York e já carregava nas costas dois estupros, o abandono do pai desde muito cedo e mais um tanto de humilhação por ter sido vendida – empurrada por uma cafetina, em Harlem – a muitos senhores brancos. Estuprada – e considerada culpada por isso –, seviciada, largada pelo genitor, negra e, como aqueles arbustos que irrompem no mais opressor concreto, dona da voz considerada a maior da história do jazz. Com Billie Holiday, sinto, virou uma coisa assim: tem uma biografia nessa voz aí. [Eu sei, você deve estar pensando: mas toda voz tem uma biografia por trás. Ou pela frente. Mas, ao observar, por exemplo, cantoras e cantores brasileiros surgidos nos últimos dez anos –  colocadas/os lado a lado – você tem a impressão de ver-ouvir um desdobramento pasteurizado de formas de cantar e se portar num palco. Fico pensando que mais importante do que experienciar formas de ser-dizer-emitir-transmitir, está em jogo a construção e propagação vazia de divos e divas. Um nicho mesmo de mercado. Sobre algumas e alguns eu penso: parecem mesmo não ter biografia.]

É nesse conjunto de notas biográficas em desarmonia que se assenta a dramaturgia de Billie Holiday, a Canção. O espetáculo começa com dois números musicais que apresentam a cantora em sua imagem estelar que comumente vemos por aí: o famoso arranjo floral na cabeça, bem vestida, bem maquiada. Já marcada, todavia, pela dor. Já cambaleando no liame que a perseguiu por toda a vida – estrela preocupada em luzir e só usar o apagão de episódios biográficos dilacerantes como impulso e refluxo para o próprio ato de cantar. O que sucede a estes dois números musicais iniciais é o que teremos como ponto nodal da dramaturgia durante todo o espetáculo: Billie Holiday em seus últimos instantes de vida, debilitada, bêbada, presa a uma cama de hospital – literalmente presa, estava sob custódia policial –, desgrenhada e com uma lista extensa de dores para passar a limpo. O público, seu último confidente. Ela, um sufrágio por si própria.

As passagens de sua vida acima citadas [e muitas outras], seus desmembramentos e as dores causadas têm como enunciador a própria Billie. E só. Um programa de rádio, único elemento ‘externo’ àquela realidade apresentada, pontua, duas ou três vezes, essa dramaturgia que optou por colocar todas as palavras na boca da Lady Day. [Tudo bem, você deve estar pensando agora: ‘Mas é claro, se trata de um monólogo!’. Se me fiz entender: praticamente não há diálogo intermediado por e com nenhum outro recurso cênico (uma gravação, uma projeção, representação de outros personagens e/ou figuras importantes da sua vida etc. Num certo momento, a personagem dialoga com fotografias de ex-amores); há o ato de desabafar da própria personagem, mas não se corporifica nenhum dos seus algozes, vivos ou mortos. Ou seus afetos, se ela os teve. As palavras vêm, saem, retornam, circulam e provocam sentidos só a partir de Billie, errante em suas memórias, drogada de heroína e dor. Para pontuar isso: numa das cenas, ao falar dos estupros que sofreu e relatar os momentos onde foi forçada a se prostituir, a atriz esmurra sua genitália. Neste momento, eu pensei: ‘Não, Billie, você não é culpada pela violência que sofreu’. Penso, assim, que a dramaturgia, a partir da escolha mesma que foi feita, pode gerar este tipo de estreitamento no tocante ao reconhecimento do mundo e da sociedade em Billie.]

A atriz e cantora Tânia Maria realiza o trabalho com uma segurança tocante, mostrando maturidade como intérprete e com perfeito domínio do que é proposto pela encenação de Raimundo Venâncio. Embora tenha muito texto do início ao fim do espetáculo – e, como revelado no debate, usando registro e altura vocais diferentes dos seus e recorrendo a gritos e cenas de extrema emoção – a artista chega ao fim da récita com a voz tinindo, nenhum sinal de cansaço. Registro também a ótima qualidade das bases musicais utilizadas na peça e a firmeza com que Tânia Maria as encara. Sem perder o tempo, sem adiantá-lo, num exercício que não é dos mais fáceis – cantar com base pré-gravada.

A encenação presta reverências ao texto do professor, dramaturgo e poeta Hunald de Alencar, falecido em maio deste ano. Com evidente tom poético, metáforas irrompem a todo instante. Tentam vencer a fumaça do cigarro que Lady Day fuma dentro do hospital. O encenador, então, cria microesferas para aquele ambiente causticante e, por vezes, monocórdio. Muitas delas deságuam em números musicais que pontuam os desabafos de Billie Holiday enquanto ela espera a morte – esta, a cantora sabe, está mesmo perto de chegar. Morte e música aparecem, assim, como elementos centrais do texto, da peça. Duas entidades presentes e ‘falantes’. A música, pelas razões óbvias; a morte, como destino trágico de uma personagem que nada, durante todo o espetáculo, num fio-rio de memórias que parece tecer, sem outras possibilidades, a certeza que a arte não a salvará. Não a salvou.

Billie Holiday teve pouco mais de dez anos de reconhecido sucesso e aparente “estabilidade” na carreira [bastante aspas nisso aí, tá bom?]. Sempre sentiu o que o machismo e o racismo são capazes de produzir para quem é negra, mulher e sobrevivente numa sociedade cindida, apartada. Como Nina Simone, descobriu o que é levantar a voz num mundo ainda impiedoso com as minorias. Talvez, uma anamnese mais aprofundada dos efeitos provocados por uma sociedade racista, como foi e é a dos Estados Unidos [como diria Caetano, ‘para os americanos branco é branco, preto é preto/e a mulata não é a tal’] traria para este Billie Holiday outros olhares e sentidos para a biografia e os escândalos por trás da voz. Necessário olhar a Lady Day não como louca, desequilibrada, destemperada. Foi uma voz que só quis viver. Existir. Direito que as minorias ainda lutam para possuir.

[A voz de Billie Holiday no meu ouvido precisou ser desligada enquanto escrevia o texto. A gente precisa reconhecer realidades desse mundo que não aceitam ser secundárias.]

TagsBillie Holliday A CançãoCríticaEspaço O PosteMarconi Bispo
Post Anterior

Crítica – Cara da Mãe | Um ...

Próximo Post

Podcast #07 – Pesquisa em Artes Cênicas

Posts Relacionados Mais do autor

  • .TudoCríticas

    Crítica – O Sujo Castigo dos Irmãos Karamazov | Só escrevo por amor

    5 de março de 2020
    Por 4 Parede
  • .TudoPodcasts

    4Parede na Frei Caneca FM 16 – Marília Azevedo

    16 de janeiro de 2021
    Por João Guilherme
  • .TudoCríticas

    Crítica – JERK (Babaca) | Um teatro desagradavelmente lírico e espantoso

    10 de março de 2020
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    Crítica – Retomada | O ancestral no contemporâneo

    7 de novembro de 2016
    Por 4 Parede
  • .TudoEm Cartaz

    “Na Beira” volta com mais duas apresentações no Espaço O Poste

    5 de novembro de 2015
    Por 4 Parede
  • .TudoCríticas

    Crítica – Parahyba Rio Mulher | O pessoal é político?

    21 de outubro de 2019
    Por 4 Parede

  • .Tudo

    Sobre estar nu em cena…

  • .TudoCríticas

    Crítica – Ubuntu: uma linda aventura na floresta afrobrasilândia | O poder da palavra

  • .TudoDossiês

    #17 Corpas Possíveis, Corpos Sensíveis | Corporalidades diversas em cena – Transgressões no olhar sobre a deficiência

ÚLTIMOS PODS

INSTAGRAM

Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
Siga no Instagram

Receba feeds quentinhos

Cadastre seu e-mail e receba as novidades em primeiro lugar

Quarta Parede - Palco & Plateia. Unidos! Direitos Reservados. Desenvolvido pela Atuante Agência Digital. V1.1