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Home›.Tudo›Crítica – Desencaixe | Corpo político, Corpo estético

Crítica – Desencaixe | Corpo político, Corpo estético

Por 4 Parede
12 de novembro de 2019
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Imagem – Divulgação

Por Dário Santos

Mestre em História (UFPE)

A entrada do Teatro Milton Bacarelli, às 18h50, estava relativamente cheia. Esperava com um amigo, o querido Victor, o momento de liberação para poder acessar as dependências internas do Teatro. O poder-entrar e o não-poder-entrar aparecem o tempo inteiro na espera, é o jogo das interdições. Na conversa pré-espetáculo que vai se firmando, brincamos com as expectativas. Por que não entrar logo? No cinema, a pessoa espera sentada, dentro. Mas não é cinema, é teatro. Me autocensuro por fazer comparações entre as linguagens. É necessária a espera? Sei que sim, mas o simples jogo das interdições, que antecede o espetáculo, me deixa a pensar: “Perfomance diz o cartaz. Qual o estatuto do conceito de performance? Ah, esse é o tal do contemporâneo”.

Ao tomar o assento, o clima sonoro-imagético logo nos convida a uma referência do filme Blade Runner (1985.). Mas não só dele: Gotham parece também estar presente. Uma mensagem visual que dialoga com a estética Noir/Futurista é colocada em ação, pelo iluminador Alírio Assunção, que está se destacando em diversas produções na cena teatral pernambucana. Guarde esse nome, ele faz da iluminação um espetáculo à parte, dentro da performance Desencaixe, que tem a direção de Bárbara Espíndola. A ambientação me convida ao Noir; o ruído sonoro produzido na sala dialoga intensamente com a pretensão futurista do clássico de Ridley Scott, mas Desencaixe é mais, bem mais.

O corpo que entra, faceiramente, ao baixar das luzes, é o de Yuri Lumin. Ele serpenteia, mas também acusa, desliza, mas também grita, brinca, mas também briga. Uma caixa colocada no meio do palco, Yuri dentro dela. Dentro ou fora? Parece que há uma intenção de sugerir esse questionamento. Ele parece ir descobrindo o espaço, aos poucos, e vai demonstrando isso através do seu corpo e em diálogo com o ambiente sonoro criado pela sua sonoplastia. Existe uma performance que vai nos meandros da espacialidade. O interior e o exterior dançam nas trilhas dos movimentos desconfiados. Parece querer nos antecipar o que se segue ao espetáculo, mas ele vai falar. De várias formas.

Os efeitos sonoros e a iluminação começam a tecer junto com o corpo do performer um efeito de linguagem que se transmutam a todo momento. Mas, o que Desencaixe proporciona não acontece apenas pela leveza e pela sincronia com que sujeito, som e luz se relacionam, mas também por se mostrarem dispostos a bagunçar o jogo dos referentes. As convenções vão se mostrando de forma labiríntica, sem uma estrutura fixa, com deslize. O som parece ter imagem, a imagem parece ter som e o corpo de Lumin, que continua a explorar o palco através de um sem-número de movimentos, vai construindo narrativa nesse jogo de associações sensoriais.

Quando Yuri sai da caixa, o espetáculo entra em outra dinâmica. A catarse e o estranhamento, categorias tão caras ao fazer teatral, vão se provocar o tempo inteiro, sem necessariamente irromperem. O jogo estético que se segue, começa agora a não apenas estabelecer sinestesias, mas também a tecer uma narrativa sobre a violência policial. De repente, ouve-se o samplear de um clássico do rap, Vida Loka Parte II, dos Racionais MCs. Uma mira a laser noturna aparece e sinaliza o alvo no corpo do performer. O efeito narrativo dessa mira tece alguns fios, conta-nos uma história. O sádico dessa mira não é o seu aparecer, mas o movimento quase que dançante que ela propicia. Há uma lentidão na mira vermelha que passeia. Ela vai na cabeça, passa pelo peito, desce pelo tórax e depois retoma a cabeça. Está feito um jogo, que é lento, mas é um jogo.

Tal jogo parece nos lembrar a fantasia perversa do dominar. O domínio aqui é do campo do violentar, mas não apenas da violência física, mas também da simbólica. Sai deslizando pelo corpo negro, como que se deliciando por cada instante em que o marca com o emblema da violência e do assassinato. Mas qual seria essa marca? Seria a da violência dos inúmeros corpos, principalmente negros, que viram estatísticas, dia após dia, no país da “democracia racial”? Ou será a do genocídio nas comunidades periféricas? Que, inclusive, todos os dias alguns se apressam em negar. Tal negação parece ser colocada em xeque quando há a sugestão do tiro, momento em que a luz vermelha é jogada em cima de quem assiste. Acusação? Sim. Todos se calam, talvez confessando a culpa.

O desconforto de ser associado aos repressores é jogado na plateia. Os silêncios vão se confundindo, o efeito da luz faz com que eles se juntem em um clima de estranhamento. Os vários silêncios calados, olhados, individualizados… O que se segue ao estabelecimento do alvo, poderia ser considerado como um dos muitos momentos de ápice do espetáculo, mas não é. Não existe nessa obra a busca da singularidade do momento, mas sim os momentos. Os múltiplos fragmentos que se juntam para construir uma narrativa. As convenções são transpostas e desconstruídas.

Espetáculo ‘Desencaixe’ | Imagem – Divulgação | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem colorida. Em primeiro plano, espectadores de pé na plateia, de costas para a foto, batendo palmas no fim do espetáculo. Em segundo plano, o palco com um pedaço de pano branco e uma pixação com os dizeres “a paz é branca”.

A paz é branca aparece triunfante numa pichação junto a algumas outras palavras de ordens montadas em torno da caixa. O montar do cenário, por Yuri, mostra-nos outro elemento do contemporâneo: o fazer ao vivo, a construção. Entrando na caixa, o que vemos a seguir é um jogo. Que mistura o psicodélico com o ilusório. As luzes adotam um ritmo ora alucinante, ora lento. Ao mesmo tempo, que o ritmo confunde por sua métrica incerta, os sentidos são colocados em experimentação.

A experiência sensorial é levada ao ápice com o performar do corpo e das luzes, que o tempo todo brincam com a ilusão e o corpo do artista. Outro elemento importante, são as referências que as escolhas audiovisuais do espetáculo suscitam. A voz que afirma, de forma sintetizada e repetitiva, em dado momento do espetáculo: “Tantas Contradições”, parece buscar influência no famoso poema Perguntas de um Operário que Lê1, de Bertolt Brecht.

O instante final reserva ainda uma surpresa. Com frases de ordem e questionamentos referentes às mortes de Marielle Franco e Evaldo de Santos Rosa, o momento de encerramento da performance reserva-nos muitos questionamentos. A obra chama questões políticas para si, sem abdicar do jogo da arte. Ao mesmo tempo, vemos irromper na cena: abandono da obra, engajamento político, uso da linguagem urbana do grafite e da pichação. Todos esses elementos são radicalizados em torno de um jogo carnavalizado dos símbolos.

Yuri picha, após emergir da caixa e vai saindo de cena lentamente, como se o que acabasse de fazer fosse rotineiro. Abandona a obra e sai do palco em silêncio, deixando uma mensagem impactante sobre a violência policial e a vivência de um jovem negro. Tudo isso, entrelaçado com o argumento do subjetivo e do performático. Se a arte contemporânea fricciona as fronteiras entre o real e o fictício, também o faz no espaço da política e da estética. Tudo se torna político, inclusive a rotina. A referência aqui, parece nos dizer uma coisa que, desde a década de 1970 é marcante: o pessoal é político.

É isso que faz de Desencaixe, um espaço de deslocamento estético e uma narrativa através do corpo sobre a violência policial. O cotidiano e o corpo são apresentados como possíveis de violência, mas se insubordina contra esse status quo através do jogo entre linguagens, sentidos e performer. Também busca construir, através da estética, a denúncia política das opressões e desigualdades, filiando-se, assim, aos piches de Maio de 68, que entre outras coisas diziam: “Não nos prendamos ao espetáculo da contestação, mas passemos à contestação do espetáculo”.

Vamos, esteticamente, contestar?

Este texto é fruto da parceria entre o 4 Parede e a Semana de Cênicas (UFPE), na 1ª edição da ação formativa “Cobertura Crítica”, projeto idealizado e ministrado por Lorenna Rocha e Rodrigo Dourado.


Notas de Rodapé

1 Em cada década um grande homem…
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias,
Quantas perguntas!

BRECHT, Bertolt. Alemanha, 1935.

TagsCríticaDançaDário SantosDesencaixeSemana de Cênicas da UFPEUniversidade Federal de Pernambuco
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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