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Crítica – Fragmentos | Ouçam. Vozes. Negras

Por 4 Parede
21 de setembro de 2020
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Imagens – Lucas Brito

Por Quemuel Costa

Ator, pesquisador e crítico teatral (RN)

 

Uma tela preta, um canto preto. Um ator preto com roupas brancas em uma cozinha branca. Uma cozinha, um cenário, muitas possibilidades. Na performance Fragmentos, da Companhia Negra de Teatro, com Felipe Oládélè no projeto #EmCasaComSesc, do Sesc São Paulo, a única parte da casa que consigo identificar e ter acesso é a cozinha. E é nesse espaço onde se prepara o alimento e que já foi – infelizmente ainda é – espaço de abuso para tantos pretos que, de forma muito irônica, Felipe lê uma receita. Uma receita para redimensionar a existência. Uma receita para preto. Uma receita para ser antirracista? Adicione likes ancestrais.

Uma cozinha branca, mas precisamente ocupada pela pretura: a estátua de Ogum à direita, em cima da caixa de som; o boné amarelo com “Saravá” escrito em letras garrafais; as frutas (simbolizando uma oferenda, um pequeno altar?) no canto esquerdo da tela. Apesar de não ser tão próximo às religiões de matriz africana, é possível reconhecer os símbolos que remetem a essas cosmologias e que estão precisamente dispostos no espaço cênico, enquanto Oládélè ocupa o centro da tela.

Conversando com Judson Andrade sobre as minhas impressões e leituras a partir de “Fragmentos”, ele me contou sobre quando o pai de santo dele lhe disse que, no candomblé, a cozinha é a parte mais importante de um terreiro: pois é nela que a comida de santo é preparada e também onde se alimenta a todos. É na cozinha onde os saberes são repassados. E, talvez, todo esse preâmbulo seja pra dizer que não acho que a performance aconteça na cozinha por acaso ou apenas pelo contexto da pandemia. Talvez também porque achei muito bonito isso que Judson me contou.

As luzes se apagam e passamos a ver somente partes do rosto de Felipe. Um preto isso, um preto aquilo. Uma luz que não mostra um corpo preto em sua totalidade. Ilumina seus fragmentos. A repetição das palavras “um preto” vai desenhando na performance um sentido de individualidade. Pluralidade. Quais são as possibilidades de existências pretas? Quando falamos em preto, sobre quem estamos falando exatamente? Quem são esses pretos que constituem mais da metade da população deste país?

Ouçam. Vozes. Negras. Ouçam vozes negras. Ouçam negras. Vozes negras. Em seguida, a repetição aparece mais uma vez: agora apenas três palavras são combinadas e repetidas. Como uma maneira de se fazer ser ouvido. De alcançar eco. Garantir que o que se está dizendo fique na mente de quem assiste. Ouçam. Vozes. Negras. Ouçam vozes negras. Ouçam negras. Vozes negras.

Após trechos da dramaturgia de Chão de Pequenos, eu não estava esperando – e nem preparado para – as projeções das fotos das crianças negras assassinadas pela polícia, pelo Estado brasileiro. Kauã Peixoto, João Pedro, Kauê Kibeiro, Agatha Félix. Tantos. Elas me atingem em cheio. Me atravessam. As vozes repetidas parecem ganhar um outro contorno: a repetição surge, talvez, numa tentativa de preencher a ausência deixada pelas vozes negras que foram assassinadas. Honrar as vozes negras que não podem mais ser ouvidas, mas ainda ecoam. Reverberam. Vidas negras ausentes. Assassinadas. Sonhos interrompidos. Genocídio dos sonhos pretos. Não esquecer. Lembrar e honrar nossos mortos. Rememorar o passado para quem sabe assim conseguir viver o agora e construir um novo futuro.

Esse movimento também apareceu na adaptação de Buraquinhos do Jhonny Salaberg pro #EmCasaComSesc: as fotos de nossos mortos como forma de pessoalizar e relembrar a cor e o rosto das crianças que o Estado mata. De dar rostos aos meninos que percorrem a América Latina para fugir de um policial, como em “Buraquinhos”, e de mostrar quem são as vozes negras que não são mais ouvidas, mas evocadas, em “Fragmentos”.

Rememorar para quem sabe assim conseguir seguir e acreditar que um outro mundo é possível. Que as nossas existências pretas tem muito mais possibilidades além do racismo, da violência e da dor. Que estamos vivos. Vivos apesar de um brasil racista, apesar de um estado genocida. Vivos e presentes. Que as nossas existências não se resumam aos que foram mortos. Eu não quero mais ter que levantar hashtags dizendo que alguém está presente depois que ela for assassinada. Eu quero os meus aqui. Vivos, respirando, potentes. Povo negro vivo, povo negro forte.

E, é nesse gesto, que projetam-se fotografias de pessoas negras vivas, logo após a já desgastada (mas ainda importante) frase “vidas negras importam”. Elas confirmam que nossas vidas importam enquanto nosso corpo está aqui. Enquanto nosso corpo e nossos sonhos respiram. E é profundamente irritante ver pessoas gritando “vidas negras importam” somente quando um de nós é brutalmente assassinado. Você tem certeza que a sua preocupação é sobre vida?

Felipe retorna à cozinha, após ser atingido pela profusão de imagens projetadas. Uma imagem simples, porém potente e fácil de se deixar atravessar: o performer está lá, parado, olhando para mim. A pele negra chamando atenção dentro daquela cozinha branca. A força e a subversão de um corpo preto vivo. De um corpo preto cantando e dançando. Sendo muito além da dor. Entendendo que nossas potências estão em nossos corpos vivos. Que nossos corpos pretos também são espaços de celebração.

Mesmo sendo uma performance solo, Felipe não parece estar sozinho em nenhum momento. Do início ao fim, ele traz e ecoa outras vozes negras. Pede licença a quem veio antes e abriu os caminhos. Invoca vozes negras do passado, do presente, e por isso também, do futuro. Me lembra de como nossas vozes podem ser espaços para fazer ecoar outras vozes negras.

Felipe Odádélè faz a sua performance preta em Belo Horizonte e me atinge no Rio Grande do Norte. Mesmo que sejamos tão plurais e de locais tão diferentes, há questões imbricadas em ser uma existência negra neste país que atinge e une todos nós – e ao menos na arte, nesta performance, isso não me parece reducionista. (Mesmo que essa união se dê também por conta e através da dor). Um preto isso, um preto aquilo. E eu sei isso que me atravessa porque é uma obra de arte, porque tem questões técnicas e estéticas minuciosamente pensadas. Mas não é só desse lugar que falo.

É sobre como isso me atinge e reverbera. Ecoa. É sobre como essa performance negra chega neste outro corpo negro. É sobre um preto escrevendo sobre uma performance preta. Mas é, principalmente, sobre pretos vivos. É sobre o meu corpo respirando e a minha voz. Uma voz negra entre tantas outras vozes negras.

Ouçam. Vozes. Negras.

Esse texto foi produzido durante a Oficina de Crítica Teatral, ministrada por Lorenna Rocha e Rodrigo Dourado, no edital emergencial #CulturaEmRedeSescPE, do Sesc Pernambuco, em 2020.

TagsCríticaCrítica TeatralFragmentosIsolamento SocialPandemiaQuemuel Costa
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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