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Crítica – Parahyba Rio Mulher | O pessoal é político?

Por 4 Parede
21 de outubro de 2019
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Imagem – Morgana Narjara

Por Lorenna Rocha

Licencianda em História (UFPE) e crítica teatral

O pessoal é político?

Em 1969, Carol Hanisch1 disse que sim. Tecendo comentários sobre sua participação em grupos terapêuticos, ela refletiu sobre como suas ações cotidianas e seus “problemas pessoais” são problemas políticos. Sendo assim, assumir os cabelos crespos é um problema pessoal? E político? Identificar-se negra, é uma questão pessoal? E política? Casar ou não casar, é político, pessoal? Ser mãe, trabalhadora, itinerante, é uma questão política ou pessoal? Tencionando os temas do público e privado, Parahyba Rio Mulher é sobre várias de nós, mulheres, com nossas subjetividades, complexidades, demandas, alegrias e dores.

O título da performance de rua marca a territorialidade e a(s) identidade(s) da apresentação. Mulheres. Parahybanas. Em busca de (re)escreverem suas histórias e trajetórias, trazem a tona um episódio importante do Brasil Republicano: o assassinato de João Pessoa, que é apontado, pela antiga historiografia, como o estopim da ascensão do governo de Getúlio Vargas, que se inicia em 1930. Nesse evento, aquilo que seria as disputas de poder entre os homens políticos da época, é suprimido pela narrativa que culpabiliza uma mulher. Anayde Beiriz, escritora e professora, companheira de João Dantas, tem suas cartas pessoais endereçadas ao jornalista expostas no jornal da cidade pelo seu opositor político, João Pessoa, à título de vingança. Os homens entram para a História. Ela termina sua vida aos 25 anos, no Recife, enterrada como indigente. Quantas de nós ainda morrem? O rio que corre a experiência feminina é vermelho. De sangue. Anônimas, invisibilizadas, maltratadas, violentadas. Quantas dessas mortes nos atravessam?

No espaço escolhido pela curadoria do Usina Teatral 2019, a Praça Padre Henrique, para a apresentação da performance de Cely Farias, Jinarla Pereira, Kassandra Brandão e Natália Sá, redefiniu-se, com o fazer teatral, naqueles minutos, o cotidiano de mulheres da platéia que, em sua maioria, convivem com uma cidade que as fazem ter medo e angústia. Na dramaturgia, expondo suas inquietações pessoais, cada atriz desenvolveu sua partitura autobiográfica, que se entrecruzam com dados estatísticos do feminicídio, casos de violência contra a mulher e a história de Anayde Beiriz. Então, o que parece ser pequeno, no plano do individual ou do âmbito privado, como o desejo de levar uma vida menos atarefada, ou o fato de escutar o que deve ou não fazer, desde a infância, assim como evocar as memórias de suas avós, passam a criar uma rede de cenas corriqueiras que, em fragmentos, apresenta o machismo que aniquila as subjetividades e as vidas femininas.

Estar na rua parece ser um instrumento de luta para as atrizes desta performance. Elas usam a cidade como forma de se pronunciar diante de tudo que lhes toca ou lhes aflige, abrindo caminhos, a partir de suas escolhas estéticas e poéticas, para que outras mulheres se identifiquem com suas narrativas e passem a refletir sobre tais situações. Em uma das partes da intervenção, por exemplo, as atrizes contam histórias de suas avós, nos entregam objetos que simbolizam essas mulheres ancestrais e nos convidam a também contar “uma história de vó”. A criação artística, então, se dá na polifonia, onde as autobiografias das performers passam a pluralizar as representações sobre as mulheres e as possibilidades de indagar-se sobre os comportamentos esperados pela sociedade sobre esses corpos, que também se atualiza com as narrativas das mulheres presentes.

Kassandra Brandão em ‘Parahyba Rio Mulher’ | Foto – Morgana Narjara | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Momento fotografado em espaço aberto, com fundo de árvores. No lado esquerdo da foto, há uma mulher ruiva de cabelos ondulados, com uma flor vermelha prendendo seu cabelo. Ela está sorrindo e posicionada em frente à uma arquibancada, no lado direito da foto, com vestido branco com manchas vermelhas, segurando uma peneira de palha com pano de chita e bolos, distribuindo para a plateia que está na arquibancada.

Nesse sentido, ao construírem um espaço de afeto, elas se aproximam do público remexendo nossas memórias, invocando nossas próprias histórias e promovendo momentos de pertencimento e integração entre todas, ainda que as experiências sejam das mais diversas. E é nesse espaço da afetividade e dos encontros que se desenvolve os discursos políticos de denuncias sobre questões ligadas a(s) vida(s) das mulheres, abrindo janelas para a conscientização e o auto-conhecimento.

O que fica emaranhado na construção da intervenção é como essas micro-histórias muito falam sobre as estruturas patriarcal, misógina, sexista e racista que desembocam nas violências mais diversas. As narrativas de empoderamento pessoal, me parece, são utilizadas como ferramentas para a superação das questões de gênero, segundo a construção da performance. Feminicídio, direito de escolha, tripla jornada, identidades: todas esses temas são pincelados e ressignificados na performance artística, como forma de redesenhar as relações de gênero e reivindicar para si, outros lugares.

Entendendo o pessoal como político, no entanto, talvez fosse preciso aprofundar na performance um pouco mais sobre as discussões de como essas dimensões do particular dialogam com o político, portanto social, e refletir, quem sabe, sobre como o empoderamento feminino, numa perspectiva individual, possibilita (ou interfere) numa ação coletiva2 das mulheres. Tais reflexões se inserem nas tensões entre as perspectivas de um feminismo liberal e o feminismo interseccional que aponta o primeiro como um discurso homogeneizante, pois não considera os marcadores de classe, de raça e de sexualidade, e que tira de si a responsabilidade coletiva para a promoção de mudanças radicais nas estruturas da sociedade, como também, majoritariamente, não abre mão de seus próprios privilégios. E digo isso, inclusive, considerando um momento da performance em que Jinarla Pereira, em sua partitura, aponta sobre a ausência de outros corpos (dissidentes) de mulheres em cena. O que fazer com isso, então, numa perspectiva coletiva, política, estética e poética?

No mais, Parahyba Rio Mulher se insere na tentativa de romper os silêncios impostos sob nossos corpos. E, por fim, traz em sua estética uma função formativa, pedagógica e comunicadora sobre as questões de gênero para seus públicos diversos, com uma linguagem direta e sensível, que aproxima fatos, histórias, registros, memórias como forma de reinventar as relações de gênero.

Sim, o pessoal é político.


Referências Bibliográficas

ABUJAMR, M. (2013). A alma, o olho, a mão ou o uso da autobiografia no teatro. Sala Preta, 13(2), 72-85. (acesse AQUI)

HANISCH, Carol. O pessoal é político. 1969. (acesse AQUI)

HOOKS, bell. Mulheres Negras: moldando a teoria feminista. Revista Brasileira de Ciência Política, nº16. Brasília, janeiro – abril de 2015, pp. 193-210. (acesse AQUI)


Notas de Rodapé

1 Carol Hanisch é uma jornalista estadunidense que, nos anos 60, ficou conhecida pelo protesto contra o concurso Miss América. Em 1969, publicou o ensaio The Personal is Political.

2 No texto Mulheres negras: moldando a teoria feminista, bell hooks, ao produzir reflexões sobre o feminismo moderno, aponta que foi produzido ao longo do século XX um discurso feminista que não apontava as opressões como algo imbricado nas categorias de gênero, classe e raça, privilegiando as mulheres brancas. Nesse sentido, na busca de uma mudança radical no quadro das relações de gênero, afirma que “a formação de uma teoria e uma práxis feministas libertadoras é de responsabilidade coletiva, uma responsabilidade que deve ser compartilhada”.

TagsCríticaLorenna RochaParahyba Rio MulherPerformanceSESCTeatro de RuaTransbordaUsina Teatral
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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