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Home›.Tudo›Crítica – Santo Genet | Um espetáculo grávido de possibilidades

Crítica – Santo Genet | Um espetáculo grávido de possibilidades

Por 4 Parede
18 de agosto de 2017
4613
0
Imagem de vários rapazes e moças seminus, usando somente cuecas e calcinhas pretos. Todos em posições sensuais e afeminadas
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Imagem – Li Buarque

Por Bruno Siqueira

Doutor em Letras (UFPE) e Professor da Licenciatura em Teatro (UFPE)

Breno Fittipaldi já vem acalentando há alguns anos a ideia de montar um espetáculo a partir da ficção autobiográfica do escritor francês maldito, Jean Genet (1910-1986). Reiteradas vezes me convidou para fazer parte desse projeto, a fim de, juntos, pensarmos na dramaturgia. Há mais ou menos um ano, fui assistir a um dos ensaios que Breno vinha realizando com o grupo Calabouço Cênico. Voltando para casa, fui digerindo o que tinha visto e percebendo, pouco a pouco, que aquele trabalho revelava um Genet muito próprio e particular de Breno Fittipaldi. Um Genet distante de mim. O acúmulo de demandas na universidade me fez desviar desse foco e não voltei mais a interagir com o diretor sobre o trabalho. Em março deste ano, ele me convidou para ir ver o resultado de suas pesquisas, no espetáculo intitulado Santo Genet e as Flores da Argélia. Fui assistir em março e agora em agosto, ambas as vezes no Teatro Hermilo Borba Filho.

Não foi à toa que Fittipaldi pensou numa parceria comigo. Ambos, eu e ele, temos um grande apreço pelo escritor francês. Devoramos avidamente a literatura de Genet. Sua prosa é poética, a ponto de Martin Esslin (O Teatro do Absurdo) qualificar os romances genetianos de verdadeiros poemas em prosa. Nos identificamos com sua escrita; projetamos nele nossas próprias marginalidades, reais ou imaginárias; reconhecemo-nos, cada qual a nosso modo, em sua desobediência civil e existencial. Sua homossexualidade é também nossa, bem como sua ética do desejo. Genet faz parte de nossas vidas.

Nossa Senhora das Flores, O Milagre da Rosa, Pompas Fúnebres, Querelle de Brest e Diário de um Ladrão constituem romances que expressam as fantasias eróticas de um prisioneiro, o próprio Genet; suas divagações de marginal solitário, que resolve cumprir o destino que julga ter-lhe traçado a sociedade (Esslin). O código moral de uma sociedade francesa capitalista, colonialista e patriarcalista é praticado às avessas ou enviesadamente pelo escritor: adoração ao crime, ao bandido, à violência viril dos marginais. Tudo isso expresso numa solenidade de caráter religioso. Sua prosa barroca, que mistura o alto lirismo (Belo) com elementos grotescos e escatológicos, pretende constituir uma afronta aos valores morais pequeno burgueses da sociedade francesa e, ao mesmo tempo, um libelo à liberdade.

Em Santo Genet e as Flores da Argélia, Breno concebe a encenação a partir de três pilares do universo genetiano: “pederastia”, furto e traição. “Pederastia” era o termo usado, inclusive pelo próprio Genet, para se referir à vivência homoerótica masculina. A palavra vem, ao longo de sua história, assimilando valores pejorativos no seu uso. Falar, em francês, pédé (contração de pédéraste) é altamente pejorativo. Quando Genet afirma sua “pederastia”, ele assume seu lugar de alteridade e de marginalidade, e o faz de maneira cerimoniosa, litúrgica.

Como o encenador solucionou dramaturgicamente seu intento? Breno partiu de uma constatação muito feliz: o romance que inspirou a peça, Diário de um Ladrão, é confessional e autobiográfico, de forma que a dramaturgia de Santo Genet e as Flores da Argélia pode muito bem se valer dos recursos do biodrama, tal como concebido pela artista argentina Vivi Tellas, recolhendo os documentos vivos de cada um dos dezesseis atores/atrizes do elenco e oferecendo biografias cênicas. Ao mesmo tempo em que renderia uma homenagem à obra de Genet, a encenação teria condições de oferecer uma leitura crítica do tempo e da nossa sociedade contemporânea, onde grassam o desamor, a homofobia, a transfobia, o bullying etc.

O que me incomoda na dramaturgia (e estamos falando de experiências estéticas; logo, ou saímos satisfeitos, ou incomodados, jamais incólumes) é sua execução monocórdica. Para cada um dos três pilares temáticos em que ela se sustenta – “pederastia”,  furto e traição –, são performatizados dezesseis depoimentos, o que rende, no saldo geral, uma quantidade excessiva de falas organizadas num mesmo esquema narrativo. Nas duas vezes em que assisti ao espetáculo, ao final da primeira leva de depoimentos, o público começou a aplaudir, pensando ter finalizado a peça, mas ela ainda tinha por nos revelar mais duas levas de depoimentos. Enquanto cada ator/atriz fazia seu relato, os demais assumiam a função de coro, repetindo expressões do texto falado, num tom de insulto ao locutor. A estrutura terminou ficando muito repetitiva, não me estimulando, enquanto espectador, a alçar voo. As formas que dispomos para fazer a passagem da biografia para a cena são múltiplas e infindáveis. É a natureza dos relatos de vida que vai nortear o dramaturgo em seu trabalho estético. Investir nessas formas e nos múltiplos recursos dramatúrgicos certamente evitaria o ritmo monocórdico do trabalho.

Perceba-se que foi a dramaturgia de forma mais ampla, compreendida pelo texto e pela composição das ações cênicas, que não chegou a me alcançar no lugar em que me encontrava – o do espectador. Explico-me. Ao recolher os depoimentos de seus atores, o encenador-dramaturgo ainda não conseguiu, a meu ver, transformar esses depoimentos em “teatro”, para me valer de poucas palavras. O biodrama faz supor a fricção entre o real e a poesia. O discurso em Santo Genet ainda está muito mais no nível documental do que no nível performático e poético da cena. Há poucas tensões entre o real e o poético, de forma que a encenação limita, para mim, a afetividade que pretende estabelecer no jogo entre atores/atrizes e espectadores. O real e o poético ainda estão em lugares separados no discurso cênico. Por exemplo, a cena mais impactante para mim, de todo o espetáculo, é a que se encontra ao final, com Luís Carlos Filho, bastante andrógino, sentado numa privada e movimentando o corpo nu como entidade sagrada, enquanto os outros vários corpos nus dos atores/atrizes se dispunham misturados no chão, aos seus pés. O quadro poético que se cria (os tableaux, muito ao gosto de Fittipaldi) é bonito e pode render muito mais ainda. Esse artifício poderia ser, dentre outros, mais explorado na composição das ações performáticas, colorindo o ritmo cênico e fazendo o trabalho ganhar em maior organicidade.

Da forma como se encontra, o trabalho mantém-se distante da atmosfera genetiana, dela retendo apenas alguns elementos isolados, os quais, longe do contexto, se tornam formas vazias: violência, “pederastia”, liturgia, nudez, indumentárias que nos remetem ao sadomasoquismo. Os atores são jovens e têm muito a render em suas performances. São disponíveis e ávidos por novas experiências. Que se aproveite disso o encenador, a fim de que a presença cênica ganhe em potência.

A meu ver, Santo Genet e as Flores da Argélia ainda está em processo. O projeto de Breno Fittipaldi é ambicioso, mas coerente. Breno já tem larga experiência como professor e como encenador. Sabe conceber e justificar suas ideias de encenação muito bem. Precisaria, na minha compreensão, voltar à sala de ensaios e experimentar mais junto aos meninos e meninas que compõem o Grupo Cênico Calabouço, a fim de chegarem a resultados cênicos ainda mais surpreendentes. Fôlego eles têm!

TagsBreno FittipaldiBruno SiqueiraCríticaGrupo Cênico CalabouçoSanto Genet e as Flores da Argélia
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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