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Protocolo – Uma “comédie-ballet” para Luís XIV

Por 4 Parede
11 de abril de 2015
1927
0
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Por Igor de Almeida Silva

O espetáculo Protocolo, do grupo lusitano Mala Voadora, aporta no palco do Teatro Hermilo Borba Filho, com o firme propósito de agradar ao público, afinal este é seu tema irradiador: agradar. Ou melhor, explorar o sofisticado sistema de etiqueta criado na corte do monarca francês Luís XIV, o rei Sol.

A etiqueta, mais do que apenas agradar, tem a função de reger as formas de tratamento nas cerimônias da corte, abrangendo contemporaneamente os eventos oficiais de um chefe de Estado. Trata-se de um sistema de controle oriundo do período barroco e do absolutismo que, ao longo do século XX, por intermédio dos novos meios de comunicação, difunde-se e adéqua-se ao “gosto” e ao “bom-tom” das sociedades de massa. Como sistema originário dos salões da corte, para a realização de seu “protocolo”, a trupe portuguesa nos oferece também um “salão” para melhor receber e agradar ao público. Neste salão/teatro, o palco é forrado por um tapete de grama sintética, adornado em suas laterais por dois vasos de flores multicoloridas. Há ainda uma cortina vermelha que, ao se abrir, revela a imagem refletida da plateia por meio de uma parede coberta por papel laminado, que assume a função de espelho. Signos da estética barroca, porém em versão pocket e de gosto duvidoso, beirando o brega.

O casal de intérpretes-anfitriões, Jorge Andrade e Anabela Almeida, vestem-se em semelhante estilo, repercutindo em seu figurino os motivos florais da cenografia. Tudo com certa atmosfera vintage, que remete a outras épocas, como se fossem fotografias amarelecidas de um antigo salão de baile. Os atores-anfitriões falam diretamente ao público, explicitando (ou tentando explicitar) do que se trata o espetáculo. Por diversas vezes, eles procuram dizer o que é o espetáculo e o que eles estão a fazer em cena: simplesmente nada. Ou melhor, buscam todo o tempo agradar por meio de um jogo teatral de falsa elegância destituído de sentido. Afinal, não há nada a dizer, deve-se apenas agradar, como eles mesmos não cansam de repetir: “Estamos aqui para agradar”.

Nomeiam-se continuamente, ao espetáculo e ao público. Em reiterados momentos, denominam o espetáculo de “opereta histórica”, e o público de membros da corte de Luís XIV. Cada espectador recebe, ao longo da montagem, o nome de algum nobre francês: Duque de Anjou, Duque de Bourgogne, Duque de Orléans, Duque de Toulouse, Madame de Maintenon, etc. Dessa forma, a plateia torna-se sociedade da corte e, consequentemente, parte integrante do espetáculo, mesmo que este jogo não chegue de fato a entusiasmá-la.

O espetáculo é recheado de pequenos entreatos musicados e dançados, como se fosse uma comédie-ballet: “Comédia em que balés interferem no curso da ação da peça ou como intermédios autônomos entre cenas e atos” (PAVIS, 1999, p. 54). Poder-se-ia identificar Protocolo como uma espécie de comédie-ballet kitsch feita para agradar as plateias contemporâneas, assim como Molière e Jean-Baptiste Lully conceberam originalmente o gênero para – agradando – obter a benevolência de sua Majestade, o rei Sol. Na comédie-ballet, a dança está intimamente ligada à palavra, sendo “uma tentativa bem-sucedida de fundir o espírito da comédia com a graça cortesã do ballet de cour” (BERTHOLD, 2000, p. 334). Pode-se lembrar uma das mais famosas peças do gênero: O burguês fidalgo (Le bourgeois gentilhomme), de Molière, com músicas de Lully e coreografias de Pierre Beauchamp que, mesmo almejando agradar ao rei, não deixava de ser uma crítica contundente à aristocracia e burguesia francesa da época.

O absolutismo encontrou nos salões da corte e na estética teatral barroca a expressão cênica perfeita ao seu sistema político: o culto da magia e da artificialidade da vida na corte e no palco, o espetáculo despreocupado de questões mais sérias, a representação como signo da vida em sociedade, tudo para centralizar e garantir o poder nas mãos do monarca. Em sua visualidade, movimentos e comunicação com o público, Protocolo é deliberadamente artificial e entediante. O ato de representar em si configura-se quase sempre uma tentativa frustrada: os atores executam movimentos, dançam em dupla ou individualmente, enunciam textos repetidamente, invertem os papéis, sem de fato concluírem uma ação. Por vezes, escapam da fala dos atores frases de protesto – “o povo está lá fora”, “o prazer burguês é alienador” – que destoam dos códigos de etiqueta tantas vezes repetidos.

Diferentemente da comédie-ballet original, a dança e os gestos dos atores encontram-se desprovidos de sentido e conexão com a palavra enunciada. Há constantemente uma interrupção da ação e da palavra, uma disjunção do discurso e do movimento, tornando o espetáculo significativo exatamente por aquilo que ele não diz ou faz. O discurso político em cena dá-se por um viés oblíquo, pela sua não enunciação ou justamente por sua interrupção. Os códigos de etiqueta difundidos pelo absolutismo francês serviam como instrumento de poder e dominação, de alheamento da corte pelo culto ao artifício e à representação, posteriormente popularizados na sociedade de massa. Ou seja, parece que subjaz em Protocolo uma crítica ao prazer extraído do entretenimento enquanto consumo. Por isso, talvez, um espetáculo intencionalmente desagradável e maçante, de gosto estético duvidoso, para não dizer sem finesse.

Diante de tal conjectura, permitimo-nos ainda outras indagações da ordem do prazer e do agradável. Protocolo agrada à medida que desagrada. O interesse na encenação dá-se justamente na reflexão que proporciona acerca do prazer. Mas será que todo o prazer é sempre instrumento de alienação? Para Aristóteles, o prazer está associado à identificação do espectador com a ação do herói trágico, cuja associação permite o efeito catártico e pedagógico da tragédia. Já para Brecht o teatro deveria exercitar ao mesmo tempo a curiosidade e a dúvida permanente. E, dessas duas paixões, poder-se-ia garantir o prazer no teatro. Em ambos os casos, independente de possíveis “identificações” e “estranhamentos”, o teatro torna-se agradável – objeto de prazer – quando está vinculado à aprendizagem e ao conhecimento. Da descoberta do “novo”, daquilo que surpreende ou espanta.

REFERÊNCIAS

BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro. Trad. Maria Paula V. Zurawski, J. Guinsburg, Sérgio Coelho e Clóvis Garcia. São Paulo: Perspectiva, 2000.

PAVIS, Patrice. Dicionário de teatro. Trad. para a língua portuguesa sob a direção de J. Guinsburg e Maria Lúcia Pereira. São Paulo: Perspectiva, 1999.

TagsCríticaFestivalMagiluthMala VoadoraTeatroTREMA!
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Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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