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Home›.Tudo›Festival Latino Americano de Teatro da Bahia – 13º Edição | Constelar entre ruínas

Festival Latino Americano de Teatro da Bahia – 13º Edição | Constelar entre ruínas

Por 4 Parede
12 de janeiro de 2022
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Imagem – Lorenna Rocha

Por Lorenna Rocha
Licenciada em História (UFPE), pesquisadora e crítica cultural

Uma constelação imaginária. Era assim que a programação do 13º Festival Internacional de Teatro da Bahia se apresentava, através do texto curatorial escrito por Daniele Avila Small, Francis Wilker e Luis Alonso-Aude. Convidada para integrar o corpo crítico dessa edição, ao lado de Dodi Leal e Valmir Santos, criei, junto às companheiras de trabalho, campos de força para acompanhar a extensa gama de apresentações teatrais, performances, atividades formativas e mesas de debate que compuseram os sete dias de FILTE no ano de 2021. 

Realizado virtualmente, nós pudemos participar do IX Colóquio Internacional Cênico da Bahia e do NORTEA – Núcleo de Laboratórios Teatrais do Nordeste. Ainda, acompanhamos espetáculos e ações performáticas que foram divididos em três eixos norteadores (Espetáculos Nacionais, Internacionais e Baianos). Em frente a tantas possibilidades de visionamento, escolhi elaborar uma constelação crítica acerca do recorte nacional programado pelo FILTE. 

Durante o festival, resolvi organizar uma metodologia para a minha escrita. A medida em que estava assistindo aos espetáculos, fui montando um mapa, desenhando minhas próprias linhas imaginárias para expressar as palavras-formas-temas que saltavam das obras, enquanto eu traçava conexões entre elas. Na constelação que desenvolvi, percebi que todas as flechas que se entrecruzavam e escapavam pelo papel se ligavam a uma palavra: ruínas.

O pó e os fragmentos de cada universo-espetáculo, unidos pela constelação curatorial, me levaram a um diálogo entre as obras: Museu Ambulante-Atafona, Corte, Ciclos da Vida, ¼ Curta Metragem, Vizinhos, Subsolo, A mulher que desaprendeu a dançar e Se eu falo é porque você está aí. O que construir com aquilo que está em pedaços? Em estado de destruição? Com aquilo que deixa espaço, mas também pode criar volume e excesso com suas partículas, matérias e materiais? Enquanto tentava constelar entre ruínas, outras palavras iam tomando espaço na minha folha em branco, iluminando como fárois minha escrita crítica: corpo, memória, história, museu, território, geografia, política.

Mapa-constelação criado pela crítica Lorenna Rocha durante FILTE 2021

Esses corpos estrelares em forma de palavras fermentaram os pensamentos e apontaram para a multiplicidade das criações pandêmicas que se apresentaram no FILTE. Entre arquivos audiovisuais de teatro, espetáculos híbridos (ao vivo e online), obras realizadas através do Zoom, é inegável que a diversidade do fazer teatral por meio do dispositivo audiovisual se desdobra na materialidade dos trabalhos, criando sentidos e entendimentos acerca dos temas abordados em cada apresentação. 

Entre as linhas imaginadas pela curadoria do FILTE, destacou-se o desenho de uma programação que parecia se movimentar para fazer mediação dentro de si mesma, buscando intervir nos territórios artísticos-virtuais escolhidos a serem exibidos durante a edição. Acompanhar os espetáculos nacionais foi poder fazer ver surgir diante dos olhos algumas ferramentas que “facilitavam” nossa aproximação com as obras que nos chegavam no decorrer do festival. 

Esse entrelaçamento, sobretudo temático, não só potencializou os espetáculos, como produziu uma resposta para esse presente em destroços, onde memória, história e política ganham pulsões de urgência e se desenrolam com singularidade em boa parte das obras que aqui serão desdobradas, conectadas e apresentadas nesse desenho-escrita.

Orbitando pelas linhas imaginárias

Corte, de Andrea Pires (CE), me despertou a olhar para as ruínas como mote para a construção desse texto crítico. A obra da artista de Fortaleza, que tem como tema as emoções e sentimentos humanos, é composto por uma dimensão vibracional que se materializa pelo movimento dos corpos, da câmera e dos sons. Em um casarão deteriorado e inóspito, vemos três performers dividirem histórias que faz da construção um grande museu fragmentado de memórias, que se espalham pelas palavras, dança e objetos. Fotografias, balões, poeira, galinha, piscina de plástico: tudo se acumula materialmente e se encontra com os eventos e acontecimentos do passado, que se friccionam com a vontade de futuro e o desejo pelo encontro evocados pelas performers. Uma quarta mulher é sempre enunciada, fazendo de sua presença também vibração, que se presentifica pela memória e pelos sons proferidos pelas mulheres que ocupam aquele espaço.

Em meio essa fragmentação, elas se reconectam produzindo e reencenando imagens do passado. Como corpos vetores-condutores de memória, as mulheres se encontram e buscam conexão entre elas, divdindo vontades, sonhos, dores. Se põem ao risco de se colocarem em vulnerabilidade. A câmera acompanha os movimentos de cada uma delas, de forma quase magnética. A medida em que se movem no espaço, as mulheres marcam no território suas histórias e convocam para si o desconcerto, o erro e marcam a geografia do lugar com seus corpos, que por vezes, também podem se confundir com as materialidades da casa.

Do casarão, passamos para as águas que contornam a chegada de Museu Ambulante-Atafona, do Grupo Erosão (RJ). Um museu-bicicleta percorre as ruas de Atafona, uma comunidade pescadora, com pessoas que cantarolam e portam uma série de fotografias antigas da região. Indo atrás dos visitantes e se instalando em algum pedaço de chão do ambiente, o museu faz vibrar memórias com as imagens exibidas ao ar livre. Elas passam a ganhar novos contornos com os depoimentos dos moradores locais. A paisagem atual, marcada por uma série de desastres ambientais ocasionados por exploração capitalista da terra, é rasgada, agora, pelas memórias evocadas nas fotografias do museu e pelas oralidades daquelas que portam o conhecimento do passado daquele lugar e faz tornar vivo, através das palavras, aquilo que estava presente ali em outros tempos.

Apesar de ter como principal matéria o encontro (entre imagem-espaço, memórias-pessoas, imagens-histórias), ao assumir um formato convencional do documentário para a criação do produto audiovisual, a frontalidade das imagens e das entrevistas criaram uma barreira relacional que distancia as espectadoras das pessoas e do espaço que fomos convidadas a conhecer. A camada informativa do trabalho acaba se tornando uma repetição autoexplicativa do trabalho, tirando a força das imagens e dos encontros produzidos pelo museu ambulante.

O cenário de devastação atravessado por Atafona também nos coloca em relação com a falta, sensação que encontramos em Ciclos da Vida, da Cia Lumiato (DF), onde a relação entre uma mulher idosa e uma criança se fundam na impossibilidade, na ausência e no desejo pelo encontro. Essas incompletudes também vão se desdobrar em ¼ Curta Metragem, de Marconi Bispo e Emisandra Helena (PE/RN). A partir de memórias pessoais da atriz e de mulheres internas do Hospital Psiquiátrico Doutor João Machado, o trabalho usa da fragmentação e da repetição para lidar com as fraturas produzidas pela falta de afeto, provocada pela solidão que atravessa o corpo da personagem de Emisandra. Acompanhamos, através das cartelas do material audiovisual, um jogo de palavras que unem e recortam “café” e “preto”, que busca apontar para questões raciais que atravessam a obra.

Apesar de ser feita menção na sinopse de ¼… sobre o hospital psiquiátrico, fica distante no trabalho da dupla o modo como isso opera na construção de sua personagem e da espacialidade onde se dá o jogo de repetição amplificado pela montagem, intervenções do diretor e cortes de cena. Já em uma outra camada, a dinâmica de interrupção da encenação lança perguntas ao regime do realismo e naturalismo teatral dentro do dispositivo do audiovisual. 

Em Vizinhos, da Companhia de Teatro Íntimo (RJ), o realismo aparece como uma aposta. É importante pontuar que essa obra fica totalmente fora de orbita das conexões estabelecidas nesta constelação crítica. O tom da discussão temática do espetáculo já fica evidente quando posicionam, lado a lado, um homem branco e um homem negro dentro do enquadramento que nos dá visão do palco. Ambos são vizinhos do mesmo prédio e eles passam a estreitar uma relação quando o jovem negro retorna dos Estados Unidos. O ambiente é dividido de forma simétrica, criando um espelhamento entre os dois homens presentes no palco. Não sendo apenas uma posição inicial, essa também é uma leitura racial, que desde-já é impossível diante da forma como corpos brancos e racializados ocupam o mundo como conhecemos, mundo que o espetáculo parece querer intervir com sua proposição artística.

O personagem negro é construído a partir de estereótipos de “positivação” de sua figura. A autofirmação é o primeiro dado que recebemos ao ver aquele homem negro, que veste uma camisa do Black Lives Matter. Esse lugar da “positivação da figura negra” vai se ampliando com o desenrolar da trama. Além da “consciência racial” manifesta, ele também é intelectual, de classe média e está ávido para ter um encontro com sua “ancestralidade”. Se antes a pessoa negra poderia ser explorada dentro da cena teatral através da negação da humanidade e da vinculação da pretura a signos lidos como “ruins”, virou tendência, pela via da representatividade, criar personagens tão vazios quanto um “pai joão” perigava ser. 

A presença negra vai perdendo cada vez mais função no enredo, à medida em que a narrativa se desloca significativamente para o processo de autodescoberta do homem branco enquanto uma pessoa LGBTQIA+. Se o beijo entre os dois personagens poderia ser a representação da pulsão dos afetos entre eles, dentro desse contexto, ele se torna um grande pacto racial, que deixa o espetáculo bem distante de promover uma discussão crítica sobre racialidade no Brasil, como parecia ser a pretenção apontada pela a sinopse desse trabalho.

Retornando às ruínas

Em Subsolo, do Ateliê 23 (AM), retornamos a poeira e ao vazio de um espaço em que uma mulher tenta lidar com seu enclausuramento. Se antes, em outros espetáculos da programação, nos encontravámos com corpos vetores e produtores de memórias, vemos esse corpos se transmutarem para objeto, matéria e ruína. Ao experienciar o tempo do isolamento subterrâneo, vivemos o tédio, a solidão e a avidez da mulher para reinventar a forma de habitar um espaço inóspito. Ela tenta dar outros sentidos para a areia que a circunda: brinca, se banha, se envolve nela. Enquanto isso, nós, espectadoras, vivemos o estado do vazio com a performer. 

Um outro corpo-objeto se apresenta a nós, em A mulher que desaprendeu a dançar, também do grupo amazonense Ateliê 23. Apesar de possuir um desenho narrativo bastante conhecido, em que as mulheres traçam e compartilham reflexões acerca das questões e violências de gênero, que findam no autoconhecimento, autofortalecimento e libertação do corpo feminino, como em Preciso Falar, da Cacompanhia (AM), o solo A mulher… adiciona uma outra camada de amargor ao tema, ao unir violência de gênero, violência obstétrica e maternidade. Conviver com a encenação de um corte de uma cesárea, amplificada no fundo do palco elas imagens projetadas de uma câmera que captura de perto a ação, reforça simbolicamente a leitura de um corpo como objeto. Um rasgo que faz do corpo a própria ruína.

Um campo de força

O destino final da programação da FILTE é o espetáculo Se eu falo é porque você está ai. A sensação que fica é que o percurso curatorial nos forneceu ferramentas importantes para recebermos a ação do Teatro de Concreto (DF). Entramos naquele carro dispostas a discutir memória, história, território e teatro. Tudo isso em meio às ruínas: de um país, dos tempos, do mundo como conhecemos. Com o Teatro de Concreto, fomos convocadas a imaginar no vazio, a medida que as performers conectavam a historiografia teatral de Brasília com acontecimentos da história política recente da região e do país. 

O cenário de alguma rua ou praça da cidade aparecia através da câmera e se animava com as enunciações, por vezes sonhadoras, por vezes dolorosas, de memórias daquilo que se fala, se rememora, e, portanto, se reencanta e ganha vida novamente pelas palavras. Fomos convidadas, no meio do vazio, da violência e das ruínas de um teatro demolido, de casos de racismo explícitos e do desejo de homenagear aquilo que marcou, conduziu e fez as histórias de uma cidade, a lembrar daquilo que existe enquanto fragmento, mas que ainda permanece vivo. E foi nesse jogo entre vazio e preenchimento, esquecimento e rememoração, que a FILTE aninhavou a sua programação de espetáculos nacionais, e nos evocou o desejo de encarar as faltas e ruínas que também nos atravessam. 

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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

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Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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