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Home›.Tudo›Crítica – Jogo da Guerra (Interior) | O jogo da (falsa) ordem

Crítica – Jogo da Guerra (Interior) | O jogo da (falsa) ordem

Por 4 Parede
30 de setembro de 2019
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Imagem – Morgana Narjara

Por Lorenna Rocha

Licencianda em História (UFPE) e Crítica Teatral

 

Faz fila. Sobe as escadas. Senta. Abre a bolsa. Celular, escova, pasta, caderno. Pega o celular. Cobre a câmera. Põe sob a mesa. O que trouxe você até aqui hoje? Levanta. Olha a janela. Joga as moedas. Escreve. Olha as imagens das câmeras externas. Privilégios. Segurança. Come. Senta. Levanta. Abaixa. Segurança. Fecha os olhos. Abre os olhos. Modifica a imagem. Assina. Olha esse registro. Qual o propósito que você tem? Abaixa. Pela nossa segurança. Propósito. Desce.

Ação.

19 de setembro de 2019. 16h. As ruas do centro da cidade com seu comércio em crise presenciaram um movimento incomum na Rua da Imperatriz. Não é corriqueiro aos transeuntes um aglomerado de pessoas daquele, reunido, conversando entre si, àquela hora… Exceto em casos de violência, claro. Recife. As pessoas envolvidas na programação do Usina Teatral (saiba mais AQUI) deste ano sabiam que algo estava por vir. Íamos assistir a uma intervenção urbana. Três grupos seriam divididos. Duas áreas externas e uma interna. Um jogo iria começar. Onde estavam as regras?

Optei por ficar na parte interior, no Sindicato dos Comerciários. O espaço foi ocupado para a realização de Jogo da Guerra, do ERRO Grupo de Teatro (SC) (conheça mais sobre o grupo AQUI). Apenas doze pessoas iriam subir no local. Enquanto aguardávamos na rua, um homem, o ator Luiz Henrique Cudo, apareceu. Ele caminhava entre todos(as) os(as) presentes e perguntava gentilmente se estávamos inscritos no evento do Sesc, nos dirigindo a uma fila. É para (estabelecer) ordem e nossa segurança, tudo bem? Ao ver os outros corpos sendo delicadamente tocados abaixo da cintura, como se estivéssemos armados (ou munidos de algum outro objeto), compreendi que estávamos sendo revistados. Posteriormente, fomos direcionados ao primeiro andar, onde o jogo interior iria acontecer. Uma presença masculina, branca, controlada e segura de si ditava nossos movimentos através das palavras.

Uma grande mesa. Doze cadeiras. Doze canetas. Pedaços de fitas brancas cortadas. Alguns papéis, um grande espelho posicionado diagonalmente para que todos pudessem se ver e olhar os computadores que estavam posicionados atrás de metade do grupo. Um outro homem, o ator Rodrigo Ramos, estava dedilhando algo no violão e era quase como parte da composição desse lugar. Após nos acomodarmos, cada pergunta feita por Luiz sinalizava que seríamos co-criadores daquela ação. A cada resposta da audiência, a dramaturgia se desenhava em tempo real. Friccionando as barreiras entre o real e o ficcional, Jogo da Guerra criava sua heterotopia: regulados pela figura de Luiz, a criação de um espaço organizado e seguro parecia ser o grande objetivo do jogo.

Enquanto os grupos externos deixavam seus rastros em imagens publicadas na internet por eles mesmos ou com gritos que nos atraíam até a janela do local, a presença de dois computadores no espaço nos dava a sensação de que podíamos acompanhar tudo o que estava acontecendo na rua. Se lá dentro nosso ordenamento era orquestrado por Luiz, a distância ocasionada pela arquitetura que nos separava dos demais grupos produzia outro efeito: identificar o nosso oposto, o caos nas ruas da cidade.

Jogo da Guerra, do ERRO Grupo de Teatro (SC), em Recife | Foto – Morgana Narjara | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – A foto se passa na rua, de dia. Uma mulher está no primeiro plano da foto, da cintura para cima, vestindo camisa preta e com a mão, o antebraço e o rosto com marcas de tinta preta. Portando uma bolsa no colo, a mulher segura um smartphone, apontando-o para cima para tirar uma selfie. Atrás da mulher, desfocado, aparece um grupo de cerca de 30 pessoas, posando para a fotografia.

A distinção binária entre dentro-fora, limpo-sujo, organizado-desorganizado, caos-ordenação criava a situação ilusória de um ambiente perfeitamente seguro. Apesar das distâncias, esse uso do Facebook dentro do jogo, conduz a uma nova camada de participação entre os espect-atores[1]: devendo decidir coletivamente como reagir às fotos e elaborar comentários, além de monitorarmos os episódios, possuíamos a sensação de que era possível intervir no que estava acontecendo lá fora. Em vigilância constante, dentro de um mecanismo aparentemente eficiente, a hierarquia simbólica se formava, fazendo de nós privilegiados.

Em uma das partes do jogo, Luiz nos conduziu até a janela para observarmos a paisagem em nossa frente. Ruas pouco movimentadas, sacadas degradadas de casarões antigos. Isto posto, fomos convidados(as) a reconfigurar aquilo que estava diante de nós. Imaginamos outros modelos de cidade. Nossas mãos, diante da janela, remexiam aquilo que estava posto. As lógicas de um poder que viabiliza a segregação, a violência e o medo estavam, aparentemente, sendo modificadas.

Se esse tipo de jogo nos permite alterar a imagem do que está posto (não só no jogo, mas na vida), ao mesmo tempo pouco nos move para encontrar (ou evocar) um propósito nas ruas. Reivindicar um outro lugar, ou outros modelos de cidade, foi feito sob controle. Sem enfrentamento. Diferente daquilo que parecia estar ocorrendo nas ruas, com os outros participantes. O núcleo interno, dessa forma, funciona como um delimitador de nossas ações, mesmo que em determinado momento Luiz nos afirme que temos livre trânsito em todos os grupos da atividade. A identificação da falsa ideia de liberdade não nos chegava, enquanto celebrávamos nossa segurança.

Jogo da Guerra, do ERRO Grupo de Teatro (SC), em Recife | Foto – Morgana Narjara | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Foto colorida. No primeiro plano, há uma mesa do lado esquerdo da foto, de lado, com computadores. No segundo plano, um grupo de 12 pessoas está posicionado em frente a uma janela de vidro que toma conta de toda a extensão da parede, observando a rua.

Em nossa cápsula, no entanto, um coquetel molotov desmanchado é trazido até nós por um outro homem. O ator Dilmo Nunes tinha sido solicitado por Luiz para se infiltrar nas manifestações e enviar imagens capturadas em tempo real, sem o nosso conhecimento. Neste instante, a ficção se delineia de forma mais explícita, pois o ator está evidentemente interpretando um personagem. Entretanto, a chegada de um novo componente no jogo nos atravessa, deixando isso em segundo plano, afinal o objeto em suas mãos materializa o perigo de nossa ordem. Enquanto nos desestabilizávamos, pelo medo de um possível ataque, que para nós não parecia ficcional, por estarmos imersos no jogo, a ilusão do nosso mundo disciplinar (e ordeiro) mostrou suas falências. Não é possível estar seguro em lugar nenhum, mesmo que todas as condições sejam criadas para nos dizer o contrário.

Submersos na proposta do jogo, em seus distanciamentos e assimetrias, acreditamos na ordem a qual nos foi vendida. Levamos em conta essa ideia, assim como cremos todos os dias, por exemplo, na manutenção da ordem proposta pelo Estado, que, por fim, escolhe a quem garantir tal segurança. A partir do modo como opera suas ações, Jogo da Guerra parece traçar um diálogo com as noções de teatro imersivo[2], que se fundamenta em uma experiência de imprevisibilidade a qual depende da sua audiência para construir seus caminhos. Nesse contexto, o jogo parece se estruturar sob um falso objetivo: criar um ambiente controlado, seguro, mas que se move para decretar seu próprio fim. Simbolicamente, a presença do coquetel molotov no jogo reitera a noção de caos que nós queríamos nos distanciar. Estrategicamente, me parece que o final da partida foi idealizado para apontar nossos próprios fracassos. Estamos em guerra.


Referências

BELO, Inês Carvalho dos Santos. O teatro imersivo. In: Teatro imersivo: públicos e práticas culturais. Instituto Universitário de Lisboa. Departamento de História. Mestrado em Empreendedorismo e Estudos da Cultura. p. 12-18. Setembro, 2016. (ACESSE AQUI)

BERNAT, Roger. GUIMARÃES, Julia. Cotidiano e imersão no teatro de Roger Bernat: a linguagem cênica reinventada. ARJ, Brasil, v. 3, n.1, p. 182-193, jan/jun. 2016. (ACESSE AQUI)

FERREIRA, Sarah. Transitividade, errância e democratização da cena no ERRO Grupo. In: PERSISTÊNCIA. Org. Pedro Bennaton e Luana Raiter. p. 27-42. Ilha do Desterro, ERRO Grupo de Teatro, 2016. (ACESSE AQUI)

ROSSETE JUNIOR, Everton Nazareth. A cidade como produto espetacular. In: O Teatro agenciando ocupações urbanas: A atuação do ERRO Grupo em Florianópolis. Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade. Santa Catarina. p. 34-39. Abril, 2015. (ACESSE AQUI)


Notas de Rodapé

[1]A noção de ‘espect-ator’ é desenvolvida por Augusto Boal (1931-2009) e diz respeito à transformação dos(as) espectadores(as) em participantes ativos na cena, ou seja, atores e atrizes, promovendo a liberdade de ação e autonomia. O autor acreditava que a transformação no palco seria um ensaio para a mudança na vida/sociedade/opressão. Ver mais em Teatro do Oprimido e Outras Poéticas Políticas.

[2] A proposta do Teatro de Imersão pode ser compreendida como uma arte performativa onde não há barreiras entre atores e públicos, integrando estes últimos ao cenário e interagindo com o elenco da peça. Explorando o espaço e interagindo com os atores e atriz, a audiência participa ativamente da criação da narrativa, passando a ser co-autores e co-criadores do processo de storytelling. Ver mais em: Teatro imersivo: públicos e práticas culturais.

TagsCríticaERRO GrupoJogo da GuerraLorenna RochaRua da ImperatrizSESC Santa RitaTeatroTransbordaUsina Teatral
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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