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Crítica – Show Opinião de Novo | Teatro, música e política para a (re)construção de outros tempos

Por 4 Parede
22 de janeiro de 2020
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Imagem – Anny Stone

Por Lorenna Rocha

Licencianda em História (UFPE) e crítica cultural

120 KM separam a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) do Museu de Artes Afro-Brasil Rolando Toro (MUAFRO). Entre Paraíba e Recife, alguns nordestes – atente-se ao plural – podem ser visualizados nessa travessia. No caminho, Édson Albuquerque, Jamila Facury e Murilo Franco, com seus instrumentos musicais, tapete circular vermelho e camisas de botão estampadas e coloridas, estavam em direção ao Festival Janeiro Sem Censura (JSC). 

Aqui, é preciso abrir parênteses. 

O Janeiro Sem Censura é um movimento que se iniciou em 2019, após a retirada arbitrária do espetáculo O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Rainha do Céu, monólogo da atriz trans Renata Carvalho, da programação do 25º Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE). O tradicional festival da cena recifense, capitaneado pelo produtor Paulo de Castro, cedeu às pressões de grupos políticos católicos e neopentecostais, promovendo o cerceamento da liberdade artística e dando coro a outros episódios de censura que posteriormente viriam a acontecer, como os ocorridos com Abrazo, na Caixa Cultural Recife, e Carangueijo Overdrive, no CCBB São Paulo.

Se, em 2019, a ação independente de artistas da cidade foi uma resposta imediata ao ocorrido no JGE, no ano de 2020 o evento se insere num contexto de mobilização mais amplo, o qual coaduna com outros movimentos artísticos-culturais que estão ocorrendo nacionalmente pelo direito à liberdade de expressão, como o Verão Sem Censura (SP).

Dentro do Janeiro Sem Censura deste ano, reverberando poéticas sobre o quadro apresentado, uma ação-protesto elaborada por Pollyana Monteiro, em Ragnarok, chama atenção. A performance, como discorrido na crítica elaborada por Dário Santos (veja AQUI), relaciona-se, ora como reverência, ora como interdição, com símbolos do neopentecostalismo e com livros da literatura clássica que fazem com que a performer perca seu ato de fala. Nesse movimento, o corpo passa a tomar forma no processo de comunicação, onde trava uma batalha pelo desejo de comunicar (ou seja, produzir linguagem) através dele. 

No final da performance, Pollyana apresenta o título de um dos livros daquilo que surge como catalisador do processo que está posto na ação performática: a Bíblia Sagrada. Na página ao lado, na mesma altura, está a marca do 25º Janeiro de Grandes Espetáculos. Interdições, repressões. O inimigo é mesmo sempre o “outro”?

Aqui, voltemos um pouco no tempo.

Em 1964, após o golpe que instaurou a ditadura civil-militar no Brasil, o Show Opinião, espetáculo dirigido por Augusto Boal, composto por João do Vale, Nara Leão e Zé Kéti, subia aos palcos. Em dezembro daquele ano, algo de inovador acontecia no campo teatral, musical e artístico do país.

Com a vontade de cantar todas as músicas que pudessem fazer todo mundo ser mais livre, o espetáculo de teatro-musical buscava temáticas com caráter de denúncia social, ao mesmo tempo que tentava se aproximar de uma identidade “tipicamente brasileira”. Nesse contexto, usando o teatro como instrumento de ação política e transformação social, fortemente influenciados pelas ações produzidas pelo Centro Popular de Cultura (CPC), a peça teatral tinha como objetivo promover a consciência das classes populares por meio da aliança entre as elites culturais e intelectuais e o “povo”. 

As canções e narrativas autobiográficas do espetáculo enunciadas pelos cantores-atores e pela cantora-atriz produziam o discurso teatral, que se contaminou com a sensação de liberdade vivida pelas gerações dos anos 1945 a 1964 e pela produção artística efervescente da mesma época. Entre MPB e Cinema Novo, havia ainda um milagre econômico, projetado pelo nacional-desenvolvimentismo, que vendia a modernidade como sinônimo de felicidade inabalável.

João do Vale, Nara Leão e Zé Keti em “Show Opinião” (1964) | Foto – Autores desconhecidos | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem preta e branca. Dois homens estão sentados, o primeiro pode ser visto lateralmente e o segundo está de costas para a câmera. O primeiro está de calça e camisa listrada e o segundo de calça e camisa lisa. Entre eles, no palco, está uma mulher que pode ser vista lateralmente, com a perna esquerda para a frente, a direita para atrás e com o braço direito para frente e para cima, gesticulando. Ela veste calça e camisa social xadrez.

A bossa nova de Nara, representante da classe burguesa, o samba de Zé Kéti, representante dos subúrbios cariocas, e o baião nordestino de João do Vale, representante da cultura nordestina, compunham perfis para aquilo que era compreendido como “tipicamente brasileiro” e reproduziam o discurso de aliança de classes, fortemente influenciado pelo viés marxista, por meio dessas identidades.

As noções de arte engajada/arte pela arte e engajamento/alienação se expressavam dicotomicamente nesse contexto. A crítica à indústria cultural e à cultura de massa também se manifestava. Com a valorização das letras de cunho político, o espetáculo musical tinha como objetivo promover consciência de classe, mais uma vez influenciados pelos estudos marxistas e pelo teatro nacional-popular, como forma de “libertar” a sociedade brasileira de suas desigualdades sociais e se contrapor ao golpe instaurado à época.

Aqui, retornamos para 2020 (e para as várias temporalidades que nesse ano podem caber).

11 de janeiro. O último andar do MUAFRO abrigou os ritmos e histórias de Édson, Jamila e Murilo. Aurora Jamelo, Sophia William, Nilo Pedrosa, Flávio Matheus e Igor Cavalcanti, responsáveis pelo JSC, os receberam. No aparato cultural, a música Peba na pimenta começou a ser cantada iniciando a apresentação, assim como no Show Opinião, já dando o tom cômico do espetáculo. A expressão exagerada do corpo de Murilo para contar a história dúbia presente na canção rapidamente tira gargalhadas da platéia estabelecendo uma conexão. Assim como em 1964, o trio optou por fazer do cômico uma ferramenta para expor sua crítica social. Apesar de manter algumas partes da dramaturgia original, é evidente o processo de atualização de certas temáticas, dados estatísticos, notas de jornais e canções em Show Opinião de Novo.

A peça foi construída em contexto universitário para a apresentação de um seminário no curso de Teatro. Nos primeiros momentos da encenação, o trio anuncia algumas informações sobre o Show Opinião: quem o dirigiu, quais pessoas atuaram, em qual contexto histórico se desenvolveu… Mas esse caráter documental e metalinguístico é rapidamente abandonado. Apesar de compreender que são escolhas dramatúrgicas, acredito que esse caráter pedagógico da peça poderia ser potencializado por meio dessas conexões “explícitas” entre passado e presente. Além de fortalecer o tom didático da peça, contribui com o movimento de “atualização” proposto pela apresentação. E, já que isso foi feito por alguns minutos, talvez fosse importante continuá-lo. Entretanto, essa composição entre as temporalidades aparece de forma diluída, não em torno do Grupo Opinião e de seu show de teatro-musical, mas pelo breve panorama da história recente do país que vai sendo apresentado durante o espetáculo.

A estrutura dramatúrgica do Show Opinião de Novo se desenvolveu também entre canções e narrativas pessoais, como no procedimento original, mas com dramatizações que localizam as presenças de atores-cantores e atriz-cantora em cena. Isso não quer dizer que se pode prever um prejuízo na musicalidade e no ritmo da apresentação: o que nos embala é, justamente, a mistura de ritmos que dá intensidade ao percurso teatral desenvolvido pelo trio. A manipulação dos instrumentos, que ora emitem seu som e ora viram objetos cênicos, junto a três bancos de madeiras, traz à cena vivacidade dentro da estrutura de semi-arena, que nos diverte com as diferentes entonações e ironias que anunciam as críticas à nossa conjuntura política atual.

A absorção da linguagem das redes sociais, com menções a memes e bordões da internet, mesclada a notícias e análises conjunturais feitas por parte da esquerda brasileira, indica mais uma vez o processo de atualização do espetáculo. A narrativa deixa explícita o posicionamento ideológico do grupo perante o contexto histórico que estamos vivenciando, ainda que não se desenvolvam críticas mais complexas do que podemos ver no mainstream. Mesmo sem abandonar as dicotomias que continuam a expressar a ideia de que “são eles contra nós”, no entanto, há um afastamento de discursos propagados pelo Show Opinião de 1964 que merece destaque.

A presença de Édson, Jamila e Murilo em cena nos leva a pensar, por alguns instantes, que cada um assumirá as personas de Nara Leão, Zé Keti e João do Vale. Mas não é isso que acontece. No exercício de comparar essas duas experiências, respeitando suas especificidades espaço-temporais, o ato de não se manterem fixos nos papéis dramatizados, na adaptação, faz emergir um deslocamento simbólico significativo.

Jamila Facury, Murilo Franco e Édson Albuquerque em “Show Opinião de Novo” | Foto – Anny Stone | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Foto colorida. Uma mulher negra e um homem branco vestidos de calça lisa e camisa de botão estampadas estão com um banco de madeira vestido em sua cabeça, com o acento em seu rosto como uma máscara, onde está desenhado a carcaça de um animal, fazendo gestos de marcha. Ao lado deles, há um homem vestido de calça lisa e camisa de botão florida com um violão na mão, tocando e cantando. Ao fundo, telas de pintura e um ventilador. A frente deles, a plateia assistindo ao espetáculo.

Ao não manter as identidades daquilo que se tinha noção enquanto burguesia socialmente engajada, de um suburbano carioca ou de um nordestino, Show Opinião de Novo faz uma crítica a ideia de aliança entre classes impressa no texto original. Motivada pelas análises marxistas e debates em torno da luta de classes, essa visão idealista era projetada em Show Opinião por meio da união entre o trio (Nara, João e Zé) em suas distintas representações sociais. Além de partir de um viés mais elitista, apesar do constante diálogo da “burguesia engajada socialmente” com as classes populares, essa convicção entendia muita mais o “povo brasileiro” como signo do que como sujeito histórico.

Ao negar a noção homogeneizante de “povo brasileiro”, o discurso teatral de Show Opinião de Novo reivindica visões plurais, principalmente sobre o que seria o nordeste (aqui, no singular). Em uma das partes do texto, Édson conta um pouco sobre sua adolescência em Cajazeiras (PB) e fala sobre a diversidade de produtos alimentícios que existem no interior do seu estado. Logo em seguida ele fala: “o problema do nordeste não é a fome. (…) É o coronelismo!”. Parece-me que a frase funciona como uma resposta ao discurso contido no espetáculo original. Ainda que as imagens de um “nordeste real” fossem utilizadas para denunciar o quadro social da região, e do país, as mesmas ainda são usadas para reforçar um imaginário permeado por estereótipos que colocam o(s) nordeste(s) num lugar de subalternidade. Problematizações como essas já foram apontadas, inclusive, por espetáculos recentes como A Invenção do Nordeste, do Grupo Carmin (RN).

Um outro momento de representação dessa ruptura é quando Édson menciona que deveríamos fazer a separação do nordeste “de direito”, já que, ideologicamente, já estamos separados, uma vez que ações xenofóbicas ocorrem – há tempos – dentro do território nacional. Esse posicionamento se conecta fortemente com os resultados das eleições presidenciais no Brasil, em 2018, no segundo turno. Lembra daquelas imagens em que mostravam o mapa apontando que apenas no nordeste o atual presidente não ganhou a maior parte dos votos?

Apesar das discussões não serem novas, levar aos palcos e às praças uma versão adaptada/atualizada do Show Opinião em tempos de revisionismo histórico e de cerceamento de liberdade artística, de expressão e perda de direitos individuais e coletivos, se faz necessário, ao meu ver, em duas instâncias: a primeira pelo desejo de levar à público fragmentos da memória da história republicana do país, e seus contextos político-ideológicos; a segunda, pelo reconhecimento (e publicização) da potência de um texto dramatúrgico como o desenvolvido pelo Grupo Opinião, que marca rupturas e transformações importantes no campo artístico e teatral brasileiro.

Esse texto faz parte da cobertura crítica do Festival Janeiro Sem Censura, ocorrido entre os dias 10 e 12 de janeiro de 2020. 

Referências Bibliográficas

GARCIA, Miliandre. Show Opinião: quando a MPB entra em cena (1964-1965). Dossiê: Música Popular: Tradição e Experimentalismo. História (São Paulo) v. 37, 2018, ISSN 1980-4369.

KLAFKE. Mariana Figueiró. Show Opinião: Engajamento e intervenção no palco pós-1964. REVELL – Revista de Estudos Literários da UEMS – ANO 4, v.1, Número 6 – TEMÁTICO “Tensões do contemporâneo nas literaturas de línguas inglesa, espanhola e portuguesa”. ISSN: 2179-4456. Julho de 2013. p. 64-77.

 

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A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

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#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

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Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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