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Home›.Tudo›#14 Confrontos | Fragmentos sobre imagens de guerra e dor

#14 Confrontos | Fragmentos sobre imagens de guerra e dor

Por 4 Parede
27 de novembro de 2019
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Imagem – Arquivo Pessoal | Arte – Rodrigo Sarmento

Por Hélio Batista de Oliveira Júnior

Mestre em Arte e Cultura Visual (UFG) e Bacharel em Artes Plásticas (UFG)

 

Este ensaio brota perante uma constante observação entre a minha experiência com imagens de guerra que, vez ou outra, passavam pelas minhas pesquisas durante a graduação e que, por final, respingaram na minha pesquisa de mestrado.

Estudo essas imagens para compreender a nossa forma de agir perante o confronto, a alteridade e as infinitas dores do mundo, seja enquanto artista ou ‘confrontador’ disso tudo. Por ter me desgastado bastante com as imagens pesquisadas até o momento, vou me ater a somente uma imagem durante o ensaio, mais precisamente da Guerra do Vietnã.

Meu olhar aponta para imagens de guerra que evocam a violência e o horror, imagens que desmistificam e chancelam os mais obscuros problemas oriundos do recalque humano, de sua natureza, algumas de suas causas e muitas das suas consequências. Imagens em que a violência nos atropela, nos embaralha, liquefeita o seu estado e se despede para, em seguida, retornar ao mesmo ponto de partida e mandar lembranças ao corpo colado no sujeito.

Nesse contexto, a experiência diante da guerra, da miséria e da humilhação provoca a sensação de que a vida, a palavra e o corpo vão desaparecendo de nós aos poucos, empurrando-nos para caminhos em que a precariedade se torna a única forma de confessar a nossa existência. Contudo, a banalização dessas imagens pelo mundo beira a um espetáculo que, no geral, inverte essa lógica, criando ‘produtos’ para nos fazer acreditar que as máquinas de guerra atuam em um movimento independente da nossa esfera cotidiana.

Lidar com essas e outras imagens de violência significa mobilizar um consumo de imagens truculentas que parecem não mais permitir que reconheçamos o sensível diante de sua experiência, mas somente operá-las a partir de um mercado que se mostra cada vez mais vasto e nefasto em seus alcances.

Na minha dissertação (SANS)CORPS: Possíveis fugas imagéticas de performances (in)visíveis (acesse AQUI), discuto algumas imagens geradas durante algumas guerras no decorrer da história e as visualidades de dor que, a partir delas, foram geradas. Nesse contexto, concateno alguns questionamentos acerca dessas imagens de arquivos a um olhar em que a performance aparece como a ação exercida pela (e através da) experienciação do ser no mundo. Em suma, procuro lançar um olhar sobre as imagens de guerra que me permita refletir sobre como os gestos de violência que permitiram sua existência resvalam na experiência de consumi-las.

Nesse atrito entre imagens que nos mobilizam e nos paralisam, o horror parece estar na imobilidade de algumas paredes que nos atravessam ou na forma natural com que lidamos com toda a violência que nos cerca. Ocupar um olhar diante dessas imagens significar pesar e pensar na atualidade dos inúmeros sinais de efervescência mundial e nas novas guerras que podem estar por vir.

A foto que se tornou símbolo da Guerra do Vietnã, depois de um ataque de napalm em 8 de junho de 1972 | Imagem – Nick Ut/AP | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem em preto e branco de uma rua ampla, em que a menina Kim Phuc, aos 9 anos, corre aterrorizada com várias crianças, seus irmãos e primos. Ela está completamente nua e corre em nossa direção, chorando copiosamente como as outras crianças. Ao fundo, soldados caminham na mesma direção que elas.

A imagem aqui tratada demonstra não possuir uma natureza própria, que consiga, em si, separá-la de maneira estável, negociando com estas as suas semelhanças/diferenças e o discurso de seus sintomas. Essa imagem foi produzida durante a Guerra do Vietnã e mostra crianças sendo atacadas em território vietnamita, transmitidas em tempo real por uma equipe de televisão para o mundo todo, tornando uma visibilidade específica, a estética do desagrado e do horror.

Ao deter nosso olhar em imagens como essa, revelamos excessos e desejos que parecem manifestar modos de desfigurar e desumanizar o outro. Nesse contexto, parece possível compreender que vivenciamos uma cultura de consumo de imagens que, constantemente, oferece gestos de violência como produtos para uso imediato.

O desafio da atração e da sedução por imagens de violência – sobretudo as de guerra – triunfa na incerteza da aparência de um precipício de interpretações. Incerteza que abrange e expõe nossas vulnerabilidades a uma diversidade de impulsos, diante de um processo que nos provoca, muitas vezes, de forma intrusiva e insistente.

Ao consumir essas imagens de forma irrefletida, alimentamos um mercado que se sustenta na satisfação instantânea das pulsões e na intensidade das emoções como oferta, reforçando dinâmicas precárias em alteridade. A violência no cotejo dessa única imagem aqui neste ensaio acontece por um desejo de compreender o que nos envolve entre o que nos é próprio e estranho.

No entanto, nesse lugar entre aquilo que consideramos nosso e aquilo que estranhamos, expresso aqui certa contradição entre o desejo de falar sobre a violência NAS imagens e a perpetuação da violência DAS imagens. Penso que, talvez, o desejo de denunciar e provocar o outro a olhar para a violência contida nas imagens provoque, em efeito contrário, certa exaustão por um ‘excesso’ de desejo de ‘tornar visível’:

A coação por exposição nos rouba, em última instância, nossa própria face. Desse modo, a absolutização do valor expositivo se expressa como tirania da visibilidade. O problemático não é o aumento das imagens em si, mas a coação icônica para tornar-se imagem. Tudo deve tornar-se visível; o imperativo da transparência coloca em suspeita tudo o que não se submete a visibilidade. E é nisso que está seu poder e sua violência (HAN, 2017, p. 35)

Ao consumirmos imagens como essa, nos tornamos vulneráveis a fatos perturbadores em forma de imagens fotográficas que concatenam com a nossa atualidade. Essa vulnerabilidade faz parte da passividade de um duplo espectador que vê fatos construídos, em primeiro lugar, pelos atores envolvidos em um evento e, em segundo, pelo próprio criador da imagem. Ressentimos, projetamos e ecoamos nossas experiências diante dessas imagens, em um modo de sentir que organiza as nossas dimensões coletivas por meio de uma partilha estética que parece nos colocar em um lugar entre pulsões de vida e de morte. Desta forma, como, então, falar de violência sem criar para ela imagens?

Ao alimentarmos o imaginário de que viver em uma sociedade da informação cria uma demanda por consumir mais imagens e acelerar o nosso ritmo de vida por meio de aparatos tecnológicos, damos passagem e prolongamos, a qualquer custo, certa histeria cotidiana. Para além desses arquivos de guerra, estamos todos em um mundo de tremores, contágios e nostalgias que se alimentam a partir da identificação e da receptividade dessas imagens de violência que nos atravessam, tornando-nos cúmplices de tais representações:

Uma sociedade capitalista requer uma cultura com base em imagens. Precisa fornecer grande quantidade de entretenimento a fim de estimular o consumo e anestesiar as feridas de classe, de raça e de sexo. E precisa reunir uma quantidade ilimitada de informações para melhor explorar as reservas naturais, aumentar a produtividade, manter a ordem, fazer a guerra, dar emprego a burocratas. (SONTAG, 2004, p.195)

A pulsão de identificação gerada no momento imediato de partilha alimenta uma reciprocidade de trocas do sentir e ser afetado por estas imagens, que esgarçam as emoções psicológicas e as representações culturais e parecem remanejar emoções e sensações num infinito sentir tudo. Nesse movimento, esse consumo desenfreado de imagens de dor e violência, certamente, parece resultar em um processo excessivo, supérfluo, inadequado e inútil. Assim, parece que nos tornamos reféns de um esquema mudo e estéril que, ao tentar maquiar o espaço vazio, o silêncio, a ausência, distorce nossos desejos e nos leva para passear pela zona da confusão e pelo regresso ao caos.

Em meio a esse silêncio atravessado por caos, esse ensaio busca, em sua precariedade, escavar certa consciência diante dessas imagens e, nesse movimento, reconstituir sua memória. Se, para Debray (1993), ‘uma imagem do passado jamais estará ultrapassada porque a morte é o nosso limite inultrapassável e porque o inconsciente não tem idade’ (p. 40), atritar reflexões possíveis sobre a gestação e consumo de imagens como essa nos permite pensar como suas memórias também constituem nossa própria memória.

A memória e a cultura visual em que essas imagens de guerra, dor e violência fazem seus casulos são abrigadas no calabouço de nossas experiências – e, por meio destas, damos e perpetuamos testemunhos. Assim, essas imagens funcionam como testemunhos de nossos desejos de morte e sobrevivência que tentam, ao mesmo tempo, imitar (e nos fazer escapar d)o mundo em volta. Nesse sentido, parecem fortalecer certa contradição de, ao se apresentar como registros de violências, também atuam, de certa maneira, como cúmplices dessas mesmas agressões.


Referências

DEBRAY, Regis. Vida e morte da imagem: uma história do olhar no ocidente. Tradução Guilherme Teixeira. – Petrópolis, RJ : Vozes, 1993.

HAN- Byung-Chul. Sociedade da transparência / Byung-Chul Han. Tradução: Enio Paulo Giachini. 1ª edição ampliada – Petrópolis, RJ: Vozes, 2016.

SONTAG, Susan. Sobre fotografia. Tradução: Rubens Figueiredo. – São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

TagsConfrontosDossiê ConfrontosEnsaioGuerra do VietnãHelio Tafner
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Nos últimos anos, o mundo passou por transformaç Nos últimos anos, o mundo passou por transformações sociais, políticas e tecnológicas que questionam nossas relações com o espaço e a cultura. As tensões globais, intensificadas por guerras e conflitos, afetam a economia, a segurança alimentar e o deslocamento de pessoas. 

Nesse contexto, as fronteiras entre o físico e o virtual se diluem, e as Artes da Cena refletem sobre identidade, territorialidade e convívio, questionando como esses conceitos influenciam seus processos criativos. 

Com a ascensão da extrema direita, a influência religiosa e as mudanças climáticas, surgem novas questões sobre sustentabilidade e convivência.

Diante deste cenário, o dossiê #20 Território em Trânsito traz ensaios, podcasts e videocast que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm buscando caminhos de diálogo e interação com esses conflitos.

A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

Destaque para "El Teatro Es un Sueño", do grupo Yuyachkani, e "Esperanza", de Marisol Palacios e Aldo Miyashiro, que abrem o festival. Instalações como "Florestania", de Eliana Monteiro, com redes de buriti feitas por mulheres indígenas, convidam o público a vivenciar a floresta. 

Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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