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Crítica – Apenas o fim do mundo | Um Magiluth europeizado

Por 4 Parede
18 de outubro de 2019
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Imagem – Morgana Narjara

Por Bruno Siqueira
Professor da Licenciatura de Teatro (UFPE)

é preciso continuar, não posso continuar, portanto eu vou continuar, é preciso dizer palavras enquanto elas existem. (Beckett, L’Inommable)

Começo este texto citando Beckett, que foi uma das inspirações da dramaturgia de Jean-Luc Lagarce (1957-1995), escritor, encenador e ator francês do chamado teatro contemporâneo. Assim como em Beckett, no teatro de Lagarce encontramos um alto investimento poético com a língua (francesa), com as palavras, com a dificuldade de dizê-las, com a luta permanente da voz e do sentido. Salta aos olhos e ouvidos a forma titubeante da fala das suas personagens, a repetição como recurso estilístico e dramatúrgico, o que torna os textos em sofisticadas partituras, plenas de lirismo.

Traduzir seus textos requer, além do conhecimento da língua francesa, uma sensibilidade para captar e reproduzir a musicalidade da forma e os diversos matizes contidos no significado das palavras. No Brasil, Giovana Soar traduziu a peça Juste la fin du monde (Apenas o fim do mundo), um trabalho de tradução digno de elogio, a qual foi publicada pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo em 2006. Esse mesmo texto foi também usado para a montagem que a própria Giovana Soar e Luiz Fernando Marques (Lubi) dirigiram juntamente aos atores do grupo Magiluth.

Tive a oportunidade de assistir três vezes ao espetáculo, uma no SESC Paulista (SP), onde houve sua estreia; e duas no Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (MAMAM, PE), o que me rendeu experiências distintas do mesmo trabalho. Antes de mais nada, para quem acompanha a experiência do Magiluth desde os primórdios, percebe-se que esse consiste num projeto bastante diferente em comparação aos que o grupo já vinha trabalhando. Sempre com uma investigação acerca da performatividade da cena teatral, os Magiluth, desta vez, estão encenando um texto clássico francês – ainda que contemporâneo – e com direção não mais do grupo, mas de artistas do sul e do sudeste, respectivamente.

O texto de Lagarce dialoga com a parábola bíblica do filho pródigo. Luiz, o filho que deixara cedo a casa dos pais para construir sua vida profissional e viver sua vida existencial, volta anos mais tarde para rever seus familiares e anunciar que está prestes a morrer. Ao contrário da narrativa bíblica, em que o filho retorna à casa familiar, celebrando a vida que vence a morte, em Apenas o fim do mundo não há celebração alguma. O retorno de Luiz à casa de seus pais representou o anúncio do seu próprio fim, dimensão apocalíptica já prenunciada no título da peça. Além disso, a família do Luiz, agora sem a presença do pai, o recebe com um misto de surpresa, amor, ressentimento, estranhamento.

O texto expressa um caldeirão de sentimentos e emoções, ditos e não ditos, que estão regulados pela precisão e pelo rigor da construção formal da linguagem. Apesar de muitos críticos franceses terem estranhado, em princípio, as peças do autor, elas revelam muito da dramaturgia francesa, em geral, fortemente marcada pela expressão poética. Do ponto de vista estilístico, chego a comparar o teatro de Lagarce ao de Racine, um dos totens da teatro francês, uma vez que percebo em ambos a tensão entre sentimentos avassaladores e um trabalho poético que contém o transbordamento desses mesmos sentimentos. Um vulcão de superfície plácida e florida, mas prestes a explodir.

Pedro Wagner em ‘Apenas o fim do mundo’ | Foto – Morgana Narjara | #4ParedeParaTodos #PraTodoMundoVer – Imagem horizontal, focalizada no ator em cena que está dentro de um elevador. O local tem uma coloração azulada. Seu rosto está franzido e de olhos fechados, enquanto está em ação. Ele está vestido de camisa de botão e um casaco escuro por cima.

A encenação de Lubi e Giovana Soar propõe a exploração de espaços não convencionais, a fim de criar nos atores e no público uma maior imersão na atmosfera de  intimidade do lar. Tanto no 13º. andar do SESC Paulista, quanto no MAMAM, o público entrava num espaço sem cadeiras e sem palco improvisado. A peça é itinerante e nós somos convidados a percorrer os desvãos dos respectivos espaços, assistindo às cenas como num reality show. Em si, esse recurso não traz novidade alguma. Porém, a criatividade e a habilidade dos diretores em fazer a decupagem das cenas e em conduzir os deslocamentos são dignos de elogio. A parceria entre ambos mostrou-se deveras produtiva.

Com relação aos atores, o texto de Lagarce representou um grande desafio. Para o autor, toda a dramaticidade de seus textos está na língua, na palavra, no dito, no como dizer e no não dizer. É, porém, uma língua teatralizada, que vive pelo corpo do ator e se dirige ao corpo do espectador. Trata-se de uma dramaturgia da palavra, cuja precisão disciplinar específica está longe da realidade não somente do grupo Magiluth, mas do teatro latino-americano. 

Apenas o fim do mundo está inserido numa geocultura e numa geopolítica francesa, europeia, ocidental. Trazer esse texto para o contexto teatral brasileiro exige adaptações; ou, então, corre-se o risco de “vestir o próprio corpo com roupas estrangeiras”, o que pode gerar estranhamento e pouco convencimento. Pedro Wagner (Louis), Bruno Parmera (Suzanne), Mario Sergio Cabral (Antonio), Giordano Castro (Catarina), Erivaldo Oliveira (a mãe) e Lucas Torres (contrarregra e baterista) encararam o desafio, seus riscos e suas consequências.

Recorrer à dramaturgia francesa implica sustentar os valores que subjazem ao teatro francês e europeu: um treinamento técnico que exige do ator uma boa locução dos textos liricamente investidos, tanto nas tragédias, como nas comédias e nos dramas. Ou seja, uma locução que seja compreensível, limpa, afinada, com os sentimentos correspondentes. Mesmo que o teatro francês moderno e contemporâneo tenha casos que procuram se distanciar desses parâmetros estéticos, a verdade é que esse teatro e o dos países da Europa, sobretudo a ocidental, ainda supervalorizam o bem falar e a locução afinada de seus atores e atrizes.

Com isso, quero dizer que, apesar de terem emocionado a plateia dos três dias em que assisti à peça, os atores do Magiluth oscilaram com relação à afinação e ao rigor técnico esperado de uma interpretação do texto francês, já que o trabalho optou por fazer os atores viverem emocionalmente as personagens da peça. Destaco o trabalho de Erivaldo Oliveira e de Bruno Parmera, que conseguiram fazer com que a língua do teatro de Lagarce, a meu ver, ganhasse vida e potência. Ambos conseguiram manter uma afinação na construção de suas personagens. Os demais atores estão em alguns momentos afinados e em outros, nem tanto.

A despeito disso, reconheço nesse trabalho do grupo pontos bastante positivos. Antes de mais nada, a ousadia e a determinação de seus atores, somadas ao talento e seriedade, foi algo que sempre me fez admirá-los. Em segundo lugar, optar por trabalhar com um texto clássico francês, distante das investigações estéticas vividas anteriormente pelo grupo, é um desafio legítimo, pelo qual eu acredito valer a pena se arriscar. Tenho certeza de que esse trabalho contribuiu para o amadurecimento dos Magiluth, cuja trajetória tem revelado atores que parecem saber o que querem: explorar as possibilidades e potencialidades do teatro.

TagsApenas o fim do mundoBruno ParmeraBruno SiqueiraCríticaErivaldo OliveiraGiordano CastroLucas TorresMagiluthMAMAMMário Sérgio CabralPedro WagnerSESCTransbordaUsina Teatral
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A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

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Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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