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Home›.Tudo›Ensaio – Dramaturgias de Palcos & Plateias | Um exercício de compreender e ampliar os sentidos

Ensaio – Dramaturgias de Palcos & Plateias | Um exercício de compreender e ampliar os sentidos

Por 4 Parede
6 de junho de 2022
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Por Roberta Ramos e Márcio Andrade

De abril a maio de 2022, como fruto de parceria entre o Departamento de Artes / CAC / Proexc – Universidade Federal de Pernambuco -, a revista digital Quarta Parede e o TREMA! Festival, realizou-se o projeto de extensão Dramaturgias de Palcos & Plateias – nexos, olhares e exercícios críticos, atrelado à disciplina Dramaturgia e Apreciação Crítica em Dança, recém criada no Curso de Dança da UFPE.

O projeto, proposto e coordenado pela professora, pesquisadora e artista da dança Roberta Ramos, teve como objetivo amplo proporcionar o debate sobre as relações entre o fazer dramatúrgico em dança (incluindo sua dimensão de ofício e seus resultados cênicos) e o exercício crítico, buscando incentivar o interesse de estudantes e participantes por tais temas e atividades a eles relacionadas.

O conjunto das atividades englobadas incluiu rodas de conversas sobre temas diversos relativos à dramaturgia em dança/performance/teatro e a produção crítica sobre essas linguagens; aulas com laboratório de crítica; apreciação de espetáculos e videodanças (dentro e fora da programação do Trema! Festival); e, por fim, a produção de textos críticos pelos estudantes da disciplina vinculada ao projeto.

As rodas de conversa aconteceram nos dias 01, 08, 29 de abril e 13 de maio, e tiveram as seguintes temáticas: A apreciação crítica e a construção dramatúrgica;  A crítica em dança – Funções e concepções; Dramaturgias expandidas e olhares descolonizantes da crítica; e Os ofícios da dramaturgia e da crítica no contexto brasileiro. A cada roda, contamos com a participação de estudantes e público externo; com a mediação da coordenadora do projeto; e com as contribuições dos convidades nos temas abordados. Assim, na representação dos colaboradores da revista Quarta Parede, tivemos Liana Gesteira, Bruno Siqueira, Lorena Rocha e Márcio Andrade; e, como convidades externes, Fabiana Britto (UFBA); Joubert Arrais (UFCA/UFBA); Sônia Sobral  (Curadora de dança); Pollyanna Diniz (Satisfeita, Yolanda?); Valéria Vicente (UFPB); Marcelo Sena (Cia  Etc.); e Lígia Tourinho (UFRJ).

As discussões tiveram como pressuposto a compreensão de que a dramaturgia da dança é um conceito relativamente recente. Advindo do campo do Teatro, cuja historicidade foi um dos primeiros temas abordados na disciplina atrelada a este projeto, ao migrar para a dança, requer adaptações relacionadas a entender as peculiaridades do que significa ‘compor uma ação’ (significado de dramaturgia) em dança (HÉRCOLES, 2005).

Foi relevante para as discussões que se desdobram do pensar dramaturgia em dança na contemporaneidade, a ampliação de conceitos para dar conta de uma passagem para uma valorização cognitiva do corpo e, paralelamente, o processo de construção de autonomia da dança como campo artístico e área de conhecimento. Assim, conceitos como dramaturgia do movimento e dramaturgia do corpo (TOURINHO, 2009) passam a dar conta de como o corpo e sua relação com questões e com o ambiente passam a ser geradores dos principais eixos dramatúrgicos, deslocando, ao menos, na dança o principal interesse da palavra e das narrativas, para as narrativas do próprio corpo e da pesquisa de movimento.

Por outro lado, como um ofício, a dramaturgia possui uma historicidade recente e que também não é universal, cabendo-nos entender as diferenças geopolíticas das condições criativas em dança em diferentes contextos, e entender as implicações dessas diferenças no modo de conceber e realizar processos de criação, seja individual ou coletivamente. 

Implicados nesta discussão, estão também os protocolos de criação que dizem respeito a romper com a subordinação da dança a outras linguagens, de modo que, ao invés de dramaturgia determinada por roteiros, textos ou outros elementos anteriores à criação que a definiriam como dramaturgia de conceito, temos visto com bastante frequência construções dramatúrgicas em que o processo e seus agentes são responsáveis por todas as decisões e escolhas a serem empreendidas (KERKOVE, 1997 apud TOURINHO, 2009): temas, elementos, lógicas de movimentos, etc. Importante ainda é considerar, nas discussões, as especificidades de linguagens híbridas, tais como a arte da performance e a videodança, que apresentam suas especificidades quanto aos entendimentos dramatúrgicos.

Já no entrelaçamento entre a dramaturgia e a crítica, um aspecto que atravessou todas as discussões foi a compreensão de que a apreciação dá continuidade à produção de sentido de cada obra e, portanto, há uma relação de contiguidade entre a crítica e o fazer dramatúrgico. O interesse por essa relação de indissociabilidade entre as duas atividades é o que justifica iniciativas de artistas e pesquisadores como Marcelo Sena e Joubert Arrais em relação para a produção de exercício crítico por artistas, perspectiva esta que poderia situar a crítica como “co-implicada” no contexto amplo do fazer em dança.

Para Sena, que criou, em 2013, junto à Cia. Etc. o projeto de crítica chamado Contracorpo: conversando com Dança (2012), instiga pensar “Quais questões poderiam estar implicadas quando um artista decide escrever uma crítica sobre obras de outras e outros artistas, seja temporariamente ou constantemente?”. Neste projeto, sobre o qual ele tratou na Roda 4 do Dramaturgias de Palcos & Plateias, em que discutimos experiências específicas no contexto brasileiro, Sena conta que “duas pessoas escreviam sobre o mesmo trabalho, lançando assim diferentes modos de perceber e de enunciar seus pensamentos, além de gravar um podcast com a equipe criadora do espetáculo”. Para o artista, um dos papéis do exercício e da reflexão em crítica é auxiliar a “percebermos as nossas próprias criações de modo mais diverso e aprofundado”.

Já Joubert Arrais chama a atenção para o fato de que “a crítica especializada vem perdendo sua própria evidência como autoridade profissional. Isso se deve não apenas pelos fluxos intensos e espaços democratizantes de difusão de informação online-offline; mas, também, por uma certa ausência do seu fazer-dizer crítico em se perceber interseccional para, de fato, ser uma ação coimplicada (um escrever “com”, e não meramente “sobre, a obra artística)”. Sua discussão foi bastante instigante no contexto da Roda 3, cujo tema foi Dramaturgias expandidas e olhares descolonizantes da crítica. Há, segundo Joubert, “uma demanda de politização: a crítica em suas materialidades e dramaturgias precisa questionar certas matrizes de dominação que ainda evidenciam meritocracias estéticas e necropolíticas curatoriais. Pois a comunicabilidade da crítica, ao promover tais autocríticas, tende a expandir sua escrita como engajada nos processos de produção de conhecimento de corpos artistas. Daí vem, então, seu principal desafio hoje: a crítica ser uma artesania escrevivente de cumplicidades”.

O contexto de participação nas rodas de conversa possibilitou ainda que a artista e curadora Sônia Sobral produzisse um ensaio a respeito das discussões propostas na mesa de que participou (roda 3), relacionando-as a espetáculos da programação do TREMA! Festival. Para conferir o texto, basta acessar AQUI.

À revista digital Quarta Parede, coube uma parceria ampla com o Dramaturgias de Palcos & Plateias, participando desde sua concepção, passando por todas as rodas de conversa, contribuindo com a produção das artes de divulgação e funcionando como espaço que concentrava as inscrições e informações sobre o evento. Além disso, a revista também acolheu a produção crítica dos estudantes participantes da disciplina Dramaturgia e Apreciação Crítica em Dança. Esta produção é o que apresentamos aqui, traçando pontes de diálogo com o Dossiê #18 Atos de Retomada. O referido dossiê, por sua vez, traz ensaios, podcasts, lives e videocasts que refletem sobre como artistas, coletivos e os públicos de Artes da Cena vêm enfrentando o processo de retomada após o isolamento social. Para acessar os conteúdos do dossiê, acesse AQUI.

Já o TREMA! Festival participou oferecendo parte de sua programação para estudantes e alguns participantes, mediante sorteio, para que as obras vistas fossem possíveis objetos de debate, análise e apreciação, como aconteceu com algumas que se tornaram o assunto de boa parte do conjunto de textos que apresentamos aqui.

Alguns dos espetáculos que fizeram parte da programação desta parceria serão objetos de discussão do conjunto de textos que apresentamos nesse dossiê, tais como Encantado (Lia Rodrigues, RJ, crítica de Jonas Alves);  BANDO: DANÇA QUE NINGUÉM QUER VER (Gira Dança, RN, crítica de Anna Clara Monteiro),  MEIA NOITE (Orun Santana, PE, crítica de Lucas Emanuel) e FEEDBACK (André Braga e Cláudia Figueiredo, Portugal, crítica de Sicillia Cabral). Além destes, também são temas dos exercícios de apreciação a videodança recém lançada O Voo (Elis Costa, PE, crítica de Marília Torres) e o novo show de Almério Feitosa (PE), Tudo é Amor – Almério Canta Cazuza (crítica de Jares Yurema).

No texto Aquilo que é visto e ainda não se vê, Jonas Alves aborda Encantado – o mais novo trabalho da Lia Rodrigues Companhia de Danças – e os modos como a profusão de corpos em cena produz distintos modos de encantamento por meio de diferentes expressões da natureza. Acesse AQUI

No texto Dança que ninguém quer ver ou uma estratégia de sobrevivência?, Anna Clara Monteiro parte dos movimentos coreográficos propostos pelo espetáculo Bando, da Gira Dança (RN) para traçar reflexões entre individualidade e coletividade. Acesse AQUI

No texto Um convite a um labirinto corporal, Lucas Emanuel mescla movimentos, cheiros e sonoridades para compor um panorama sensorial de sua experiência diante do trabalho de Orun Santana em Meia Noite. Acesse AQUI

No texto Memórias de um corpo histórico e elétrico, Sicillia Cabral traça pontes históricas e poéticas da memória para abordar como o espetáculo Feedback nos permite pensar sobre as relações contemporâneas entre colonizador e colonizado. Acesse AQUI

No texto Um túnel-lente para o luto coletivo, Marília Torres atravessa falas da artista Elis Costa às suas próprias reflexões sobre a videodança O Vôo, traçando paralelos entre as poéticas da imagem e as metáforas em torno do luto coletivo causado pela COVID-19. Acesse AQUI

No texto En’quadrilhando corpos, gênero e sexualidade nos espaços de poder, Jares Yurema atravessa uma diversidade de reflexões em torno da presença de corpas dissidentes no âmbito da quadrilha junina a fim de traçar paralelos diante de sua experiência com o show do artista Almério, Tudo é Amor – Almério Canta Cazuza. Acesse AQUI

Acreditamos que, a partir desse amplo e diverso panorama de proposições, o projeto de extensão Dramaturgias de Palcos & Plateias – nexos, olhares e exercícios críticos contribui para produzir pensamentos em torno dos atravessamentos entre os ofícios da dramaturgia e da crítica. Assim, ambos os campos podem elaborar modos de pensar suas diversidades, expandibilidades e especificidades, abrindo campos de discussão que se espalham para além dos redutos da universidade, dos gabinetes dos críticos ou das práticas nas salas de ensaio.

Desejamos que apreciem os textos e reflexões propostas pelos participantes que nos ofereceram generosamente seu tempo e suas reflexões a fim de colaborar com um campo de discussão ainda bastante amplo para se desenhar.

 

Algumas referências sobre dramaturgia e crítica em dança utilizadas:

ARRAIS, Joubert de Albuquerque. Processos co-evolutivos entre dança e crítica: de um contexto cearense a uma crítica contemporânea de dança. Salvador, 2008. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-graduação em Dança, UFBA. Disponível AQUI. Acesso em: 02 mar. 2022. 

CALDAS, Paulo; GADELHA, Ernesto (orgs.). Dança e dramaturgia[s]. Fortaleza; São Paulo: Nexus, 2016. Disponível AQUI. Acesso em: 02 mar. 2022.

HÉRCOLES, Rosa Maria. Formas de Comunicação do Corpo – novas cartas sobre a dança. São Paulo, 2005. Tese de doutorado. Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica, PUC/SP. Disponível AQUI. Acesso em: 02 mar. 2022.  

TOURINHO, Ligia Losada. Dramaturgias do Corpo: protocolos de criação das artes da cena. 2009. Tese de doutorado. Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, 2009. Disponível AQUI. Acesso em: 02 mar. 2022. 

VASCONCELLOS, Jaqueline; GUIMARÃES, Daniela. Produção crítica em dança. Salvador: UFBA, Escola de Dança, 2019. Disponível AQUI. Acesso em: 02 mar. 2022.

 

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A partir da próxima semana, na sua timeline.
#4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sob #4Parceria: Quer aprofundar seus conhecimentos sobre as histórias e as estéticas dos teatros negros no Brasil? 

Estão abertas as inscrições, até o dia 13/09, para a oficina on-line Saberes Espiralares - sobre o teatro negro e a cena contemporânea preta. 

Dividida em três módulos (Escavações, Giras de Conversa e Fabulações), o formato intercala aulas expositivas, debates e rodas de conversa que serão ministrados pela pesquisadora, historiadora e crítica cultural Lorenna Rocha. 

A atividade também será realizada com a presença das artistas convidadas Raquel Franco, Íris Campos, Iara Izidoro, Naná Sodré e Guilherme Diniz. 

Não é necessário ter experiência prévia. A iniciativa é gratuita e tem incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Funcultura, e parceria com o @4.parede 

Garanta sua vaga! 

Link na bio. 

Serviço:
Oficina SABERES ESPIRALARES - sobre teatros negros e a cena contemporânea preta
Datas: Módulo 1 – 16/09/24 – 20/09/24; Módulo 2 (participação das convidadas) – 23/09/24 – 27/09/24; Módulo 3 – 30/09/24 - 04/10/24. Sempre de segunda a sexta-feira
Datas da participação das convidadas: Raquel Franco - 23/09/24; Íris Campos - 24/09/24; Iara Izidoro - 25/09/24; Naná Sodré - 26/09/24; Guilherme Diniz - 27/09/24
Horário: 19h às 22h
Carga horária: 45 horas – 15 encontros
Local: Plataforma Zoom (on-line)
Vagas: 30 (50% para pessoas negras, indígenas, quilombolas, 10% para pessoas LGBTTQIA+ e 10% para pessoas surdas e ensurdecidas)
Todas as aulas contarão com intérpretes de Libras
Incentivo: Governo do Estado de Pernambuco - Funcultura
Inscrições: até 13/09. Link na bio

#teatro #teatronegro #cultura #oficinas #gratuito #online #pernambuco #4parede #Funcultura #FunculturaPE #CulturaPE
#4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano #4Panorama: O MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizado pelo Sesc São Paulo, ocorre de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

A sétima edição homenageia o Peru, com onze obras, incluindo espetáculos e apresentações musicais. O evento conta com doze peças de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Espanha, México, Portugal e Uruguai, além de treze produções brasileiras de vários estados, totalizando 33 espetáculos. 

A curadoria propõe três eixos: sonho, floresta e esperança, abordando temas como questões indígenas, decoloniais, relações com a natureza, violência, gênero, identidade, migrações e diversidade. 

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Obras peruanas refletem sobre violência de gênero, educação e ativismo. O festival também inclui performances site-specific e de rua, como "A Velocidade da Luz", de Marco Canale, "PALMASOLA – uma cidade-prisão", e "Granada", da artista chilena Paula Aros Gho.

As coproduções como "G.O.L.P." e "Subterrâneo, um Musical Obscuro" exploram temas sociais e históricos, enquanto espetáculos internacionais, como "Yo Soy el Monstruo que os Habla" e "Mendoza", adaptam clássicos ao contexto latino-americano. 

Para o público infantojuvenil, obras como "O Estado do Mundo (Quando Acordas)" e "De Mãos Dadas com Minha Irmã" abordam temas contemporâneos com criatividade.

Além das estreias, o festival apresenta peças que tratam de questões indígenas, memória social, política e cultura popular, como "MONGA", "VAPOR, ocupação infiltrável", "Arqueologias do Futuro", "Esperando Godot", entre outras.

Serviço: MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, de 5 a 15 de setembro de 2024, em Santos. 

Para saber mais, acesse @sescsantos
#4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, #4Panorama: Nos dias 05, 14, 21 e 28 de setembro, acontece Ocupação Espaço O Poste, com programação que inclui a Gira de Diálogo com Iran Xukuru (05/09) e os espetáculos “Antígona - A Retomada” (14/09), “A Receita” (21/09) e “Brechas da Muximba” (28/09).

Espaço O Poste (Rua do Riachuelo, 467, Boa Vista - Recife/PE), com apoio do Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023, promove atrações culturais que refletem vivências afropindorâmicas em sua sede, no Recife/PE. 

A Gira de Diálogo com Iran Xukuru acontece em 05/09, às 19h, com entrada gratuita. Iran Xukuru, idealizador da Escola de Vida Xukuru Ynarú da Mata, compartilhará conhecimentos sobre práticas afroindígenas, regeneração ambiental e sistemas agrícolas tradicionais.

Em 14/09, às 19h, o grupo Luz Criativa apresenta “Antígona - A Retomada”, adaptação da tragédia grega de Sófocles em formato de monólogo. Dirigido por Quiercles Santana, o espetáculo explora a resistência de uma mulher contra um sistema patriarcal opressor. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

Em 21/09, às 19h, Naná Sodré apresenta “A Receita”, solo que discute violência doméstica contra mulheres negras, com direção de Samuel Santos. A peça é fundamentada na pesquisa “O Corpo Ancestral dentro da Cena Contemporânea” e utiliza treinamento de corpo e voz inspirado em entidades de Jurema, Umbanda e Candomblé. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

No dia 28/09, às 19h, ocorre a 3ª edição do projeto “Ítàn do Jovem Preto” com o espetáculo “Brechas da Muximba” do Coletivo À Margem. A peça, dirigida por Cas Almeida e Iná Paz, é um experimento cênico que mistura Teatro e Hip Hop para abordar vivências da juventude negra. Entrada gratuita mediante retirada de ingresso antecipado no Sympla.

Para saber mais, acesse @oposteoficial
#4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido #4Papo: O espetáculo MACÁRIO do brazil, dirigido por Carlos Canhameiro, estreia no TUSP Maria Antonia e segue em temporada até 1º de setembro de 2024. O trabalho revisita o clássico Macário, de Álvares de Azevedo (1831-1852), publicado postumamente em 1855. Trata-se de uma obra inacabada e a única do escritor brasileiro pensada para o teatro.

Para abordar o processo de criação da obra, o diretor Carlos Canhameiro conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Macário é uma peça inacabada, publicada à revelia do autor (que morreu antes de ver qualquer de seus textos publicados). Desse modo, a forma incompleta, o texto fragmentado, com saltos geográficos, saltos temporais, são alguns dos aspectos formais que me interessaram para fazer essa montagem’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
#4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário #4Papo: O livro Elegbára Beat – um comentário épico sobre o poder é fruto dos 20 anos de pesquisa de rodrigo de odé sobre as relações entre capoeira angola, teatro negro, cinema, candomblé e filosofia africana. 

Publicado pela Kitabu Editora, o texto parte da diversidade racial negra para refletir sobre as relações de poder no mundo de hoje. O autor estabelece conexões entre o mito de nascimento de Exu Elegbára e algumas tragédias recentes, como o assassinato do Mestre Moa do Katendê, o assassinato de George Floyd, a morte do menino Miguel Otávio e a pandemia de Covid-19.

Para abordar os principais temas e o processo de escrita do livro, o autor rodrigo de odé conversou com o Quarta Parede. Confira um trecho da entrevista:

‘Em Elegbára Beat, a figura de Exu também fala sobre um certo antagonismo à crença exagerada na figura da razão. Parafraseando uma ideia de Mãe Beata de Yemonjá, nossos mitos têm o mesmo poder que os deles, talvez até mais, porque são milenares. Uma vez que descobrimos que não existe uma hierarquia entre mito e razão, já que a razão também é fruto de uma mitologia, compreendemos que não faz sentido submeter o discurso de Exu ao discurso racional, tal como ele foi concebido pelo Ocidente. Nos compete, porém, aprender o que Exu nos ensina sobre a nossa razão negra’

Para ler a entrevista completa, acesse o link na bio.
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